País latino teria o mesmo consumo de energia que toda a rede bitcoin, diz FMI em nova crítica (Foto: FMI/X)
O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou um novo padrão internacional de estatísticas elaboradas por países, citando até o bitcoin em seu consumo de energia e comparando com a Argentina
Assim, o novo Sistema de Contas Nacionais (SCN) padronizado e atualizado abrange mais estatísticas relevantes na economia dos países. Para a autoridade a atualização é um marco, visto que a última vez que aconteceu foi em 2008.
“O Bitcoin consome tanta eletricidade quanto a Argentina, mas não é contabilizado no PIB porque não cria bens ou serviços tradicionais. O Sistema de Contas Nacionais atualizado classifica os criptoativos como riqueza nacional para melhor mensuração econômica“, disse o perfil do FMI no X.
Ao atualizar o SCN, o FMI indica que focou em novos itens de atividade econômica, principalmente os digitais, que antes não existiam.
Desta forma, ao citar o bitcoin a autoridade monetária internacional indicou que a moeda digital, parte da classe de criptoativos, tem crescido em importância. No caso do Bitcoin, o FMI confessa que a moeda tem um impacto econômico tangível, mas que não entra na contabilidade do PIB dos países.
“Outro fator importante para a atualização do SCN é a crescente importância dos criptoativos, que estava entre os mais desafiadores de abordar. O Bitcoin, por exemplo, tem um impacto econômico tangível, inclusive porque consome grandes quantidades de energia para ser produzido. No entanto, como não envolve a criação de bens ou serviços no sentido tradicional, não é contabilizado no Produto Interno Bruto (PIB)“, explicou.
Em um gráfico, eles comparam o consumo de energia do bitcoin com a Argentina, país latino americano.
O novo padrão do SCN indica que as criptomoedas devem ser tratadas como “ativos não financeiros não produzidos“. Assim, caso um país detenha algum ativo que entra na nova classe, sua estatística já pode ser contabilizada na riqueza nacional.
“A mensuração de criptomoedas é crucial do ponto de vista de políticas públicas, pois, embora representem uma parcela relativamente pequena dos ativos globais, podem ter implicações significativas para a estabilidade financeira futura, a política tributária e a supervisão regulatória. Agora, estatísticos encontraram uma maneira de classificar certos criptoativos como “ativos não financeiros não produzidos”, que se refletem na riqueza nacional. Garantir que o novo SCN possa orientar os países sobre como declarar criptomoedas é uma forma de alcançar padrões à prova do futuro“, diz a publicação.
A nova padronização de informações estatísticas está disponível ao público e mostra quais outras atividades novas entram na mira do FMI.
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