O Bitcoin está passando por um período de estabilidade notável, de acordo com análises da média móvel de 200 semanas (WMA). Os dados revelam que o Bitcoin entrou em um território de baixa volatilidade, uma tendência que persiste desde junho de 2022, tornando-se o período mais longo desse tipo desde 2012.
Um mapa de calor que rastreia as mudanças na média móvel de 200 semanas mostra a extensão deste período de estabilidade, destacando a diferença em relação aos ciclos anteriores.
Em 2019, por exemplo, o Bitcoin mal atingiu a zona de baixa volatilidade em azul profundo. Em contraste, em 2015, a moeda permaneceu nessa zona durante todo o ano, mas não alcançou os tons de roxo.
O que torna a atual situação ainda mais notável é a duração excepcional do período de baixa volatilidade. Comparativamente, em 2012, houve um período mais curto e muito mais intenso de volatilidade roxa, de março a junho.
Os analistas observam que, embora o Bitcoin não tenha experimentado um aumento significativo durante o mercado de alta de 2021, ele também não viu quedas acentuadas, sugerindo que a volatilidade diminuiu tanto no lado positivo quanto no lado negativo.
As razões por trás dessa estabilidade prolongada são multifacetadas, com algumas especulações sobre o papel da extinta corretora FTX, que vendeu os bitcoins de seus clientes para investir em apostas arriscadas.
No entanto, a estabilidade atual também pode ser vista em relação aos ciclos anteriores do Bitcoin, onde a criptomoeda passou por longos períodos de consolidação em valores específicos, como US$ 6.000 e US$ 300.
O grande ponto de interrogação agora é se essa estabilidade levará a uma repetição do que ocorreu nos ciclos anteriores ou se algo diferente aguarda o Bitcoin no futuro.
Embora o Bitcoin tenha se mantido em torno de US$ 30.000 por um período considerável, os analistas e investidores estão ansiosos para ver como essa estabilidade se traduzirá nos próximos meses e se o mercado está se preparando para uma nova fase de alta ou se manterá nesse estado de baixa volatilidade por mais tempo.
Bitcoin cruza indicador chave de alta pela segunda vez na história
Um analista de criptomoedas conhecido pelo pseudônimo Thescalpingpro destacou um evento raro no gráfico de Convergência Divergência de Médias Móveis (MACD) do Bitcoin.
Ele observou que o MACD acabou de passar por sua segunda linha de alta após cruzar abaixo da linha zero, um fenômeno que só ocorreu uma vez na história do Bitcoin, em 2016.
Naquela época, a mesma ocorrência foi seguida por uma significativa corrida de touros que impulsionou o preço do Bitcoin no ano seguinte.
“Uma forte linha de alta MACD ocorre quando cruza abaixo da linha zero. Em 2016, o MACD cruzou a alta abaixo da linha zero pela primeira vez, desencadeando uma corrida de alta. Atualmente, em 2023, o MACD cruzou a alta abaixo da linha zero pela segunda vez”, explicou o analista.
This lagging indicator has been accurately spotting the high-timeframe (HTF) change in trends on #Bitcoin
Yes, we are talking about MACD.
A strong MACD Bullish Cross occurs when it crosses below the zero line
In 2016, MACD crossed bullish below the zero line for the first… pic.twitter.com/MSJDEur4Vy
— Mags (@thescalpingpro) October 15, 2023
Embora o Bitcoin tenha caído para a marca de US$ 27.000 recentemente, o indicador sugere tendências de alta no longo prazo. No entanto, o analista também advertiu que os investidores devem estar preparados para flutuações de preços e movimentos laterais no curto prazo antes de uma possível recuperação.
Apesar das análises técnicas, o Bitcoin também está sujeito a fatores externos, como desenvolvimentos regulatórios e elementos macroeconômicos. A aprovação de um fundo negociado em bolsa (ETF) pela Comissão de Valores Mobiliários (SEC) pode desempenhar um papel importante na direção futura dos preços do Bitcoin.
Atualmente, as análises técnicas do Bitcoin indicam um sentimento de baixa, com uma classificação de ‘venda’ e uma forte indicação pelas médias móveis. No entanto, os osciladores estão começando a sinalizar ‘compra’.
