Mão cheia de Ouro e Bitcoin
O ouro têm registrado em 2020 um movimento importante de valorização em meio a pandemia. Para um analista, o ouro teria uma série de problemas, mesmo com o bom momento, e o Bitcoin resolve boa parte deles.
Utilizado como moeda há milhares de anos, ouro é considerado por muitos como a maior reserva de valor. Dessa forma, ao comprar pedaços desse mineral as pessoas buscam refúgio em momentos de crise.
Ao longo dos últimos anos, com a criação do Bitcoin, alguns fãs da moeda digital consideraram que esta possui características do ouro. Em 2020, atravessando uma crise mundial, o tema ficou mais polêmico e com bons debates.
Passando por um bom momento de valorização, o preço do ouro batendo recordes, tem atraído mais investidores nos últimos meses. A fuga de capital para a milenar reserva de valor tem sido destaque no mercado financeiro mundial. Na última terça, o ouro registrou o maior valor desde setembro de 2011, novamente chamando atenção.
De fato, ao longo dos anos o ouro foi uma alternativa quase que exclusiva em cenários de crise. Em 2009, entretanto, o Bitcoin surgiu com a proposta de ser uma nova moeda digital e com características semelhantes ao ouro.
Para o chefe de produtos da empresa Messari Crypto, Qiao Wang, o Bitcoin já superou o ouro, mesmo com uma história mais curta. Isso porque, o Bitcoin resolve uma série de problemas encontrados no ouro.
Em uma discussão pelo Twitter, Wang deixou claro que a quantidade de ouro resistente é desconhecida. Por sua vez, o Bitcoin será emitido apenas 21 milhões de moedas ao longo de sua história.
Além disso, o especialista afirmou que é difícil prever quanto ouro será minerado no próximo ano. Já o Bitcoin, que gera 6,25 moedas a cada bloco, em média de 10 minutos, teria uma previsibilidade melhor.
Em outro ponto de sua discussão, Wang lembrou o que o Bitcoin por ser digital permite transações de qualquer lugar do planeta. Recentemente, por exemplo, a moeda digital foi enviada para um astronauta a partir de um satélite na órbita terrestre. Segundo o especialista o ouro não possui tal capacidade.
No quesito de mobilidade, o especialista ainda afirmou que o ouro é pesado e difícil de ser transportado entre países. Dessa forma, em uma eventual necessidade de fuga, como uma guerra civil ou qualquer outro motivo, as pessoas poderiam ter problemas com sua reserva de valor física.
Além disso, o ouro pode ser facilmente encontrado e roubado. Já o Bitcoin, que pode ser gasto apenas com o uso das chaves primárias, pode ser facilmente ocultado, portanto, mais seguro.
Por fim o analista ainda lembrou que o ouro precisa ser validado por pessoas específicas e que possuem treinamento para tal. Lembrou ainda que muitas barras de ouro devem ser cunhada em tamanhos exatos, atendendo a padrões. Contudo, o Bitcoin pode ser validado por qualquer pessoa com acesso a sua rede, facilmente.
Ao finalizar sua teoria, Qiao pediu outras pessoas lembrem Peter Schiff de como sua “rocha brilhante” deve ser vendida. Peter é um dos maiores críticos do Bitcoin e recentemente voltou a chamar a moeda de esquema de pirâmide.
Ao que parece, o debate entre os fãs do Bitcoin e ouro vai continuar por algum tempo, mas no fim quem decide qual é a melhor ferramenta para proteção de capital são os próprios investidores.
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