O Bitcoin ultrapassou a marca de 1 zettahash por segundo (1 ZH/s) nesta semana, atingindo um novo recorde de hashrate. Isso significa que mineradores estão tentando mais de um sextilhão de combinações a cada segundo para encontrar o próximo bloco.
Em numerais, isso significa 1.000.000.000.000.000.000.000 de hashes por segundo. Como comparação, esse número é maior que os 7,5 quintilhões de grãos de areia que existem no mundo.
Para Max Keiser, veterano investidor de Bitcoin, o crescimento no hashrate significa que o preço do Bitcoin irá disparar em breve.
Bitcoin bate recorde de hashrate e passa marca de 1 ZH/s
Em suma, o hashrate é uma medida usada para medir o poder computacional do Bitcoin. Quanto maior este número, mais segura está a rede, já que ataques se tornam mais caros.
Dados do site CoinWarz apontam que o hashrate do Bitcoin atingiu a marca de 1,024 ZH/s nesta quinta-feira (28), registrando um recorde.

Até então a comunidade estava medindo o hashrate em exahashes por segundo (EH/s).
A primeira vez que o Bitcoin chegou a 1 EH/s foi há cerca de 9 anos e meio, em janeiro de 2016. Isso mostra a evolução tecnológica por trás do setor de mineração.
Já a primeira vez que o Bitcoin atingiu a marca de 1 PH/s (1 petahash por segundo) foi em setembro de 2013. A título de comparação, hoje um único Proto Rig, ASIC de mineração de Jack Dorsey, alcança 819 TH/s (0,819 PH/s).
Outro detalhe importante é que a recompensa da mineração é reduzida a cada 210.000 blocos (a cada 4 anos, em média). Dos 50 bitcoins iniciais por bloco, hoje mineradores estão recebendo somente 3,125 BTC, mais as taxas de transações, por bloco.
Max Keiser afirma que crescimento no hashrate precede alta no preço do Bitcoin
Max Keiser, pioneiro do Bitcoin, acredita que esse aumento no hashrate significa que o preço da criptomoeda está prestes a decolar. Sua explicação foi postada no X, antigo Twitter, na terça-feira (26).
“O hashrate precede o preço. Por quê? Os mineradores, não os compradores de BTC, são os verdadeiros assumidores de risco e oferecem o melhor sinal. A mineração tem sido completamente insensível ao preço. Os mineradores sabem o que está por vir.”
“Nomeie outra commodity cuja mineração ou perfuração seja totalmente insensível ao preço, como o Bitcoin?”, continuou Keiser. “Sabemos que o Bitcoin atingiu seu pico de “dinheiro fácil” quando essa relação se quebra.”

Esta é outra diferença entre a mineração de ouro e Bitcoin, por exemplo. No ouro, quanto maior for o investimento global, maior será a extração, já o Bitcoin irá sempre entregar 3,125 por bloco, atualmente, independente do poder computacional da rede.
No momento desta redação, o Bitcoin está cotado a US$ 112.280, registrando leve alta de 0,25% nas últimas 24 horas. Em entrevistas passadas, Keiser disse que a criptomoeda pode chegar a US$ 500.000 por unidade.