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Bitcoin vai cair? JPMorgan prevê queda após o halving de abril

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O Bitcoin valorizou quase 50% no mês de fevereiro e ultrapassou US$ 63.000 na quinta-feira (29), alcançando valores não vistos há dois anos. No entanto, especialistas do JPMorgan alertam para uma possível reversão dessa tendência de alta.

De acordo com um relatório recente, o iminente halving do Bitcoin poderia fazer com que os preços despencassem para US$ 42.000.

“O custo de produção do bitcoin tem agido empiricamente como um limite inferior para os preços do bitcoin”, afirmaram os analistas em um relatório divulgado na quarta-feira (28).

Eles estimam que os custos de produção pós-halving possam dobrar, chegando a cerca de US$ 53.000, o que poderia levar a uma redução de 20% na taxa de hash da rede, diminuindo assim o número de mineradores competindo para produzir bitcoins simultaneamente.

Bitcoin pode cair até US$ 42.000

A estimativa de US$ 42.000 é também o nível que os analistas preveem para os preços do Bitcoin após a euforia induzida pelo halving diminuir, algo esperado após abril.

O halving, previsto para ocorrer no dia 20 de abril, reduzirá as recompensas que os mineradores ganham por bloco de 6,25 para 3,125 bitcoins, diminuindo, portanto, a taxa na qual novas moedas são criadas.

Embora a diminuição da oferta tenha historicamente levado a um aumento nos preços, o aumento dos custos de produção também pode afetar o preço do Bitcoin, já que menos mineradores conseguirão se manter lucrativos.

“O ponto central de nossa faixa de custo de produção estimado é atualmente de US$ 26.500, o que duplicaria mecanicamente após o halving, para US$ 53.000.”

Os analistas da JPMorgan também antecipam uma possível integração horizontal por meio de fusões e aquisições entre mineradores de bitcoin em diferentes regiões, buscando aproveitar sinergias em seus negócios. Espera-se que a participação dos mineradores de capital aberto na taxa de hash aumente.

No entanto, a previsão pessimista do banco poderia abalar o otimismo quanto à longevidade desta trajetória ascendente do Bitcoin, especialmente considerando que a criptomoeda está se aproximando de seu recorde histórico de cerca de US$ 69.000, um movimento que já exauriu provedores de criptoativos como a Coinbase, que sofreu interrupções à medida que o tráfego em aplicativos e sites disparou.

De acordo com Fred Thiel, CEO da Marathon Digital Holdings, maior mineradora de capital aberto do mundo, entre 10% a 25% dos mineradores, provavelmente os menores, abandonarão a atividade em algum momento após o halving, mas ele acredita que alguns retornarão assim que os custos forem otimizados.

Já Alessandro Cecere, chefe de marketing na pool de mineração Luxor, também aponta para a relação intrínseca entre os custos de produção elevados e o preço do Bitcoin.

“Mesmo que o preço da recompensa caia 50%, se o preço do Bitcoin chegar a US$ 100.000, eles ainda vão estar ganhando a mesma quantidade de dinheiro após alguns meses do halving”, disse ele.

De fato, após os três halvings anteriores em 2008, 2012 e 2016, a taxa de hash sofreu uma queda temporária antes de se recuperar.

Mike Novogratz, CEO da Galaxy, assim como a JPMorgan, também vê sinais de queda, pelo menos a curto ou médio prazo, dizendo à Bloomberg TV na quinta-feira que “chegamos a níveis muito eufóricos”.

“Não me surpreenderia ver algumas correções e consolidações”, acrescentou durante a entrevista. “Se corrigir, pode voltar para os US$ 50.000, antes de disparar para um novo recorde”.

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Autor:
Vinicius Golveia