Brasileiros são alvo de quase metade de ransomwares na América Latina

Hackers estão mirando América Latina em plena pandemia. Se você vir um link suspeito, desconfie!

Segundo uma pesquisa recente, os ataques cibernéticos se intensificaram na América Latina. Desse modo, o Brasil está na mira dos ataques ransomwares, recebendo quase metade dos ataques da região.

Vale o destaque que o Brasil é o maior país em território e população da América Latina. Com isso, era de se esperar que fosse um alvo mais cobiçado por criminosos digitais.

O tema tem ganhado notoriedade no país após um ataque sofrido pelo STJ nos últimos dias. Isso porque, o Superior Tribunal de Justiça foi alvo de um ataque que até hoje ainda deixa marcas. As sessões virtuais, por exemplo, ainda não foram totalmente restauradas até esta terça-feira (17).

Um dos problemas detectados pelos especialistas, contudo, pode ser culpa das vítimas.

Com América Latina em foco, Brasil está na mira de ataques cibernéticos, principalmente ransomwares

O ano de 2020 é especial para o setor de tecnologia, que novamente ganha destaque e importância. Devido à pandemia da COVID-19, muitos setores buscaram a digitalização. Ainda sim, o setor carece de mecanismos para defesa, cada vez mais testada por invasores.

De acordo com um levantamento recente feito pela Kaspersky, o Brasil é um dos maiores alvos do ano. Além disso, países visados na América Latina são México, Colômbia, Peru e Equador.

Entre os meses de janeiro e setembro, por exemplo, a região recebeu 1,3 milhão de ataques. Isso daria em torno de 5 mil ataques cibernéticos por dia nos países.

A Kaspersky aponta que a principal porta de entrada dos ransomwares são softwares desatualizados. Na região, 55% dos computadores ainda utilizam o Windows 7 e 5% o XP. Ambas as versões do sistema operacional já não recebem atualizações de segurança da Microsoft.

Outro dado alarmante é que na América Latina pelo menos 66% dos softwares são piratas. A média global é de apenas 35%, sendo a Latam com presença massiva na pirataria virtual. Ou seja, a segurança da região facilita a vida dos hackers, que continuam atacando.

Histórico de ataques ransomwares mostram que hackers estão se adaptando

Os ransomwares são uma modalidade de ataques cibernéticos antigas já no mundo. Contudo, com as falhas mínimas de segurança, ainda é uma das maiores ameaças.

Na região da América Latina, por exemplo, o Wanna Cry ainda é a família 1 de ransomwares, apontou o estudo. Desse modo, fica claro que ameaças antigas ainda são nocivas para a região.

Estes ataques, entretanto, eram feitos em massa até o ano de 2017. Segundo a Kaspesky, desde 2018 os hackers voltaram o foco para empresas, governos e setores industriais críticos. Essa adaptação foi detectada ao analisar o histórico de ataques na região.

A Kaspersky afirmou, por fim, que os hackers ainda mudaram também a prática de extorsão. Normalmente, ao infectar os computadores é pedido um resgate em criptomoedas para as vítimas.

Caso essas vítimas não pagassem, os hackers ameaçavam apagar os dados. No entanto, agora os dados também podem ser vazados ou até leiloados na deep web. Ou seja, os hackers mudaram também o nível de extorsão, para pressionar as vítimas.

Ter backups de segurança feitos com frequência e soluções de segurança atualizadas, são algumas das dicas para evitar os ransomwares. A Kaspersky também alerta para que as pessoas/empresas que usam softwares piratas ou em versões antigas façam atualizações.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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