Brasileira manda R$ 20 mil para Robô do Pix achando que era a Binance e perde tudo

Brasileira processou Itaú, Banco Inter e PAN em busca de reaver dinheiro, mas justiça entendeu que ela quem enviou dinheiro voluntariamente, não tendo os bancos culpa.

Uma brasileira caiu no famoso golpe do Robô do Pix, acreditando desta vez que estava comprando criptomoedas na Binance.

Segundo alega na justiça, em processo movido contra os bancos Itaú, PAN e Inter, a vítima enviou R$ 20 mil para as contas fraudulentas. Ao todo, ela identificou no processo a que o Livecoins obteve acesso pelo menos dois perfis.

Nos últimos anos, vários golpes surgiram na internet se associando com a imagem das criptomoedas e de grandes empresas do setor. No caso da Binance, a corretora é a maior em volume de negociações no país.

Brasileira tenta processar bancos após perder R$ 20 mil em Robô do Pix, alegando que acreditou estar investindo em criptomoedas pela Binance

O curioso caso recente ilustra um debate ainda inicial, mas cada vez mais importante no Brasil: educação financeira e em criptomoedas. Isso porque, ao acreditar em promessas de enriquecimento rápido, muitos investidores iniciantes acreditam na possibilidade de ter uma alta rentabilidade em poucos dias.

E este foi o caso da brasileira de São Paulo que processou o Itaú, PAN e Inter, bancos dos quais ela tem conta e enviou o dinheiro para os golpistas. No processo, ela identifica dois suspeitos, mas não coloca eles como parte ré. Assim, o juiz que cuidou do caso declarou que o fato causa estranheza.

“A autora transferiu voluntariamente os valores para conta de terceiros, mas imputa responsabilidade ao Itaú Unibanco S/A no qual mantém conta corrente, sob a alegação absurda de que este deveria tê-la impedido de fazer as transferências. Causa estranheza que a autora não pretenda que justamente os beneficiários das transferências bancárias que alega terem sido feitas de forma fraudulenta sejam responsabilizados. Tal situação induz à obscuridade do pleito da autora, pois em qualquer caso do gênero se pleiteia que os beneficiários das transferências sejam os primeiros a serem responsabilizados, e os bancos apenas secundariamente, mas jamais apenas os bancos, pois isso gera sérias dúvidas quanto ao relato de que houve realmente fraude.”

Ao negar o pedido da autora, o juiz ainda determinou que ela pague as custas processuais e honorários dos advogados. Contudo, como o caso tramitou na justiça gratuita, ele adiou o pagamento, enquanto ela comprovar “miserabilidade”.

Brasileira processa bancos após cair em golpe do Robô do Pix acreditando que investia em criptomoedas pela Binance
Brasileira processa bancos após cair em golpe do Robô do Pix acreditando que investia em criptomoedas pela Binance. Trecho do processo a que o Livecoins obteve acesso.

No último mês de janeiro de 2025, o Livecoins também publicou outro caso de uma brasileira que caiu em um golpe, acreditando estar comprando um “nó de criptomoeda”.  Naquele caso, a justiça também considerou o golpe como causado pela própria vítima e negou a apelação.

Banco Central do Brasil orienta bancos a acionar MED em caso de golpes via Pix

Em setembro de 2024, o próprio Banco Central do Brasil emitiu um alerta geral ao mercado, indicando que criou mecanismos de proteção ao Pix.

Assim, por meio do Mecanismo Especial de Devolução (MED), bancos de vítimas de golpes podem solicitar o estorno do Pix. O caso é então apurado em até sete dias e, depois deste tempo, constatada a fraude, as instituições têm até 96 horas para proceder a devolução dos valores.

O mecanismo, contudo, não pode ser utilizado em caso de desacordos comerciais, alerta a autarquia, apenas em casos de golpes financeiros.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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