Após o JP Morgan, agora é a vez da instituição brasileira BTG Pactual se juntar ao ecossistema de criptomoedas. A novidade veio a público na última quinta-feira (21), quando o maior banco em investimento autônomo da América Latina anunciou o lançamento da criptomoeda ReitBZ.
Em pronunciamento a Bloomberg, Gustavo Roxo, diretor de tecnologia do BTG Pactual, revelou os objetivos do banco: levantar até US $ 15 milhões por meio do token que será apoiado em ativos imobiliários estressados — ou seja, imóveis considerados inaptos para venda, mas disponíveis para serem usados como garantia.
Dessa forma, o lastro do ReitBZ serão propriedades urbanas impactadas pela recente recessão econômica no Brasil, localizadas nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, conforme divulgou um comunicado do banco para a imprensa.
Sem cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), a aposta é direcionada para investidores dispostos a arriscar. Em contrapartida, o banco sugere que os retornos anuais deverão ficar entre 15 e 20%, com base no Real. Aos interessados, a compra será feita por intermédio do Gemini Dollar, plataforma digital desenvolvida pelos irmãos Winklevoss.
“Criamos essa estrutura porque acreditamos que os investidores no mundo digital têm maior apetite por riscos”, ponderou Roxo.
Não tem no Brasil
Paradoxalmente ao fato de o BTG ter suas raízes fincadas nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, o token não estará disponível para investidores do Brasil e dos Estados Unidos. Pelos menos por enquanto.
O motivo principal é a regulamentação incipiente do mercado de criptomoedas no país, permeado por altos custos e grande burocracia.
Entretanto, André Portilho, sócio do BTG Pactual e também o responsável pela implementação do projeto, não descarta o potencial do mercado interno. Como destaca em entrevista para o Cointelegraph:
“Vai ser um processo natural pra gente ver essa oferta sendo feita no Brasil também”, ressalta. Acrescentando ser uma questão de tempo para a questão de regulamentação das criptomoedas evoluir em terras brasileiras.