Comprar Bitcoin com Mercado Pago na Argentina deixa imposto alto

Unidade financeira do Mercado Livre passa por readequações no país e afeta as transações digitais de clientes.

O Mercado Livre é hoje uma das principais empresas da América Latina e tem até uma unidade financeira própria para pagamentos. Chamada de Mercado Pago, a divisão da empresa se viu em uma polêmica na última semana que poderia impactar até quem pretende comprar Bitcoin na Argentina.

Criado desde 2001, o chamado “Imposto do Cheque” é uma realidade na vida dos argentinos. Até então, o Mercado Pago ainda não cobrava esse imposto dos seus clientes.

No entanto, em um e-mail enviado aos seus clientes nos últimos dias, a empresa comunicou a adesão. Ou seja, quem vende produtos pelo Mercado Livre e usa a ferramenta de pagamentos da empresa, passa a pagar imposto.

O caso ganhou repercussão no país e o Mercado Pago foi parar até no trending topics do Twitter.

Para comprar Bitcoin na Argentina usando o Mercado Pago, clientes se deparam com “novo imposto”

A Argentina hoje é um dos principais países da América Latina a aderir ao Bitcoin. Por lá, a população mergulha cada vez mais nas criptomoedas para fugir da alta inflação. Além disso, o descontrole cambial no país registra uma das piores marcas de toda história.

Apesar de a Argentina ser um dos países com mais caixas eletrônicos e corretoras de Bitcoin, muitos também usam o Mercado Livre. A ferramenta Mercado Pago assim facilita muito as transações digitais para vendedores e compradores.

A realidade, entretanto, muda com a empresa aderindo a um imposto, chamado de Taxa do Cheque. Desse modo, quem comprar Bitcoin ou qualquer produto com o Mercado Pago na Argentina, poderá se deparar com a cobrança de 1,2% sobre a transação.

Na página do Mercado Pago, a empresa deixa claro que quem não tiver o valor do imposto na conta será avisado. A medida começou a valer e chocou os fãs da empresa no país.

“Você paga o imposto no momento em que faz a transferência para um terceiro . Por exemplo, se você quiser transferir $ 1.000, precisará ter $ 1.012 em sua conta para que possamos debitar o valor do imposto”, explica a página do Mercado Pago na Argentina.

Imposto criado em 2001 tem sido adiado a tantos anos que é uma das principais fontes do governo hoje

De acordo com o jornal La Nacion, o imposto do Cheque foi criado em 2001. Contudo, deveria ter funcionado por apenas um ano e deveria ter sido cancelado em 2002.

Na época o imposto foi prorrogado e assim tem sido ao longo dos anos, ou seja, em 2020 o imposto ainda é válido. Hoje na Argentina esse imposto já é considerado o terceiro mais importante do país, segundo o La Nacion.

O Mercado Pago ainda deixa claro que não serão todos os clientes que terão essa tributação. Dessa forma, pede que seus clientes revisem suas informações de pagamentos na plataforma para evitar cobranças desnecessárias.

“Em quais transferências não pago o imposto?

Transferências para uma conta bancária com a mesma titularidade: Se você usa o Mercado Pago para vender, verifique se a titularidade de sua conta corresponde à de sua empresa.

Transferências para qualquer CVU”, explicou a empresa.

Apesar da polêmica, o Bitcoin segue em alta na Argentina, batendo recordes em 2020. Por lá, o preço do Bitcoin hoje segue cotado em 1.053.896,46 pesos argentinos, com o Dólar valendo 78 ARS, segundo dados do Google.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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