Dono de corretora de criptomoedas que aceitava dinheiro em espécie pode pegar 5 anos de cadeia

Por aceitar dinheiro em espécie para negociações de criptomoedas, dono de corretora foi alvo de uma ação judicial que lhe incrimina de favorecer crimes.

Em um processo criminal, o dono de uma corretora de criptomoedas que aceitava dinheiro em espécie nas negociações se considerou culpado de facilitar a lavagem de dinheiro. O caso está em apuração na justiça dos EUA.

A corretora em questão é a Digital Coin Strategies LLC, cujo dono é o empresário Charles James Randol, de 33 anos. Ele operou o negócio com sede em Santa Monica (Los Angeles), transacionando milhares de dólares.

Contudo, como não mantinha uma relação dos seus clientes, pesa contra ele as acusações de facilitar a lavagem de dinheiro. Além disso, a justiça investiga se ele não ajudou golpistas a converterem valores roubados em dólares.

A acusação aponta que Randol falhou em cumprir as leis federais dos Estados Unidos, e ele concordou na última terça-feira (5) em se declarar culpado.

Dono de corretora de criptomoedas e dinheiro em espécie fechou empresa em 2021, pena pode chegar a 5 anos em prisão federal

De acordo com a justiça dos EUA, Charles James Randol concordou em se declarar culpado de uma acusação única, que aponta que ele não mantinha um programa eficaz de combate à lavagem de dinheiro (AML), um crime que acarreta pena máxima legal de cinco anos de prisão federal.

Em sua confissão de culpa, o empresário declarou que sua corretora de criptomoedas trocou valores, inclusive por dinheiro em espécie, entre outubro de 2017 e julho de 2021. Ou seja, há dois anos ele não presta mais serviços no setor.

Com sua corretora, ele cobrava uma comissão dos clientes para intermediar negociações. Os investigadores acusam o suspeito de operar criptomoedas de várias maneiras, em busca de ocultar origens do dinheiro.

Assim, algumas negociações ocorreram em reuniões pessoais com clientes anônimos. Além disso, o dono da corretora mantinha uma rede de quiosques em Los Angeles, Orange e Riverside, nos EUA, onde convertia dinheiro em bitcoin presencialmente para seus clientes.

Outra parte de sua operação envolvia receber grandes quantias de dinheiro em espécie em caixas postais sob seu controle.

Corretora não tinha registro para operar

O maior problema para Randol envolve o fato de o empresário divulgar seu negócio em vários sites pela internet, e alegar falsamente que tinha registro para suas operações.

A justiça dos EUA ainda apurou que o empresário frequentemente realizava transações pessoais em dinheiro que excediam US$ 10.000,00 com indivíduos anônimos ou pseudoanônimos. Em várias negociações, ele conhecia seus clientes apenas como “Puppet Shariff”, “White Jetta”, “Aaavvv”, “Aaaa”, “Yogurt Monster” e “Capuz”.

Em seu acordo de confissão, Randol admitiu ter se envolvido em três transações específicas de outubro de 2020 a janeiro de 2021, nas quais trocou um total de US$ 273.940 em dinheiro por Bitcoin sem solicitar nome, comprovante de identidade, número do Seguro Social ou qualquer outra informação sobre o comprador, ou a fonte dos fundos sendo trocados.

O FBI, o HSI, o FDIC e United States Postal Inspection Service participaram das investigações. Nas próximas semanas, o dono da corretora de criptomoedas que trocou suas moedas por dinheiro em espécie deverá apresentar sua confissão formal, e depois disso que receberá uma pena a cumprir.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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