Foi anunciado oficialmente nessa quarta feira (01) pela CVM, o lançamento de uma plataforma denominada PIER (plataforma de integração de informações das Entidades Reguladoras), baseada na tecnologia blockchain e com objetivo de reduzir custos para os participantes.
Segundo o comunicado, o objetivo é aumentar a segurança e a agilidade na troca de informações entre as instituições participantes.
O presidente da CVM, Marcelo Barbosa indicou que o sistema é resposta ao desenvolvimento tecnológico no cenário atual.
“Nosso objetivo é que esse sistema promova ganhos ao mercado, diante da supervisão e do enforcement mais eficientes, seguros e adequados ao novo cenário tecnológico que estamos vivenciando” – disse Marcelo Barbosa, Presidente da CVM.
A ideia é que o novo sistema fornecerá uma resposta imediata e atualizada aos dados que podem contextualizar investigações e ações no âmbito da competência da própria Comissão de Valores Mobiliários, do Banco Central ou da Superintendência de Seguros Privados.
Investigações e ações que antes demandavam muitos pedidos e autorizações burocráticas para serem efetivadas, agora serão instantâneas.
Alexandre Pinheiro, Superintendente Geral da CVM e administrador do convênio do órgão com o Bacen, afirmou que:
“A utilização da PIER pela CVM decorre de mais uma importante coordenação de esforços sob o convênio entre CVM e Banco Central. […] a plataforma contribuirá, sensivelmente, para que a atuação individual ou coordenada dos reguladores envolvidos seja cada vez mais efetiva. Trata-se, portanto, de genuíno ganha-ganha”
O segredo, segundo os envolvidos, é a Blockchain!
Segundo a Assessoria de Análise Econômica e Gestão de Riscos (ASA) da CVM, área técnica da Autarquia, a introdução da tecnologia Blockchain foi que permitiu um salto de qualidade no que diz respeito à segurança da informação na plataforma.
A tecnologia da blockchain possibilita transmissão de dados de forma transparente, segura e imutável. Nem sempre os governos gostam da aplicação desses princípios em todas as direções, especialmente naquelas referentes aos gastos do governo do dinheiro recolhido através de impostos, mas ao que parece o governo acredita que pode se utilizar desses princípios em ambientes controlados, como é o caso aqui.
Criptomoedas se beneficiam indiretamente
Apesar do universo das criptomoedas sem extremamente reticente sobre as ações desse tipo, que destacam a tecnologia que á base das criptomoedas mesmo sem mencioná-las, o fato é que o mercado dos criptoativos pode se beneficiar de forma secundária desse tipo de exposição.
Ou seja, quanto mais os termos segurança, agilidade, transparência, redução de custos, etc., foram atrelados à tecnologia blockchain, mais a narrativa a favor das moedas digitais se fortalece na mentalidade mercadológica.
Diante disso, mais cedo ou mais tarde se tornará mais fácil educar as pessoas de forma que elas entendam porque o dinheiro descentralizado baseado em uma blockchain pública é muito melhor do que o dinheiro estatal, venha de que Estado vier.