Deputada Júlia Zanatta propõe PL para garantir sigilo bancário e critica obsessão do Estado pelo controle financeiro

Como punição para esses atos, a deputada sugere uma multa entre R$ 5.000 a R$ 500.000, dependendo da gravidade do caso, prisão de 1 a 4 anos, compensação por danos, e penalidades administrativas.

Júlia Zanatta, deputada federal pelo PL/SC, publicou na última segunda-feira (10) um projeto de lei complementar sobre o sigilo das operações financeiras dos brasileiros. O texto cita a obsessão do Estado no controle da vida do cidadão, afirmando que trabalhadores e pequenos empreendedores estão sendo os mais afetados.

Antes disso, a deputada também apresentou um PL em defesa da autocustódia das criptomoedas, notando que isso é um direito do cidadão garantido pela constituição.

Mais recentemente, Zanatta lançou um abaixo assinado contra a criação do Drex, também conhecido como o Real Digital. Isso vai de encontro com o PLP sobre sigilo bancário, afinal, a deputada argumenta que o Drex pode abrir caminho para viligância em massa.

Deputada afirma que governo está invadindo a privacidade do cidadão e apresenta PL

Novamente citando a constituição brasileira, desta vez o art. 5º, XII, a deputada federal Júlia Zanatta afirma que é dever do Estado garantir a inviolabilidade do sigilo bancário, tanto de pessoas físicas quanto jurídicas.

Dado isso, seu projeto de lei aponta que todas as instituições financeiras e todos os órgãos e entidades vinculadas ao sistema financeiro nacional estão obrigados a manter sigilo sobre informações financeiras. Isso inclui bancos, corretoras, administradoras de cartões de crédito e outros.

“Os recentes acontecimentos evidenciam a obsessão do Estado em avançar sobre o cidadão, flexibilizando e até excluindo direitos e garantias fundamentais, sobretudo, no que tange as operações financeiras.”

Como exemplos, Zanatta cita o caso de “Francenildo Santos da Costa, que teve seu sigilo bancário quebrado pelo Ministro da Fazenda Antonio Palocci”, bem como o “suposto uso de senhas secretas por membros da Receita Federal para perseguir desafetos” e “a publicação da Instrução Normativa RFB 2219, de 17 de setembro de 2024, que determina que instituições financeiras repassem informações para a Receita Federal”.

Como punição para esses atos, a deputada sugere uma multa entre R$ 5.000 a R$ 500.000, dependendo da gravidade do caso, prisão de 1 a 4 anos, compensação por danos, e penalidades administrativas.

“As últimas sinalizações do estado são no sentido de aumentar o controle sobre a vida, liberdade e propriedade do cidadão, somado a necessidade de aumentar a sua base de arrecadação, sendo punindo os mais fracos, os mais pobres, os trabalhadores, os pequenos empreendedores que condições de se proteger do estado.”

Finalizando, o texto aponta que a quebra do sigilo bancário só poderá se decretada mediante decisão judicial fundamentada, incluindo casos de terrorismo, tráfico de drogas ou armas, extorsão mediante sequestro e outros crimes. O texto completo pode ser lido no site da Câmara dos Deputados.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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