Diretor da Binance é convocado para depor na CPI das Pirâmides de Criptomoedas

Deputados querem entender melhor qual a relação da Binance com a empresa B Fintech, além de outras parcerias da corretora no Brasil.

Guilherme Haddad Nazar, diretor-geral da Binance no Brasil e sobrinho do atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pode ser convocado a dar explicações na CPI das Pirâmides Financeiras de Criptomoedas, investigação em curso na Câmara dos Deputados.

Como o pedido de convocar Guilherme só ocorreu na última segunda-feira (19), pelo Deputado Federal Alfredo Gaspar (União/AL), sua análise não passou pela pauta da CPI, que se reuniu na última terça-feira (20).

Com isso, na próxima reunião, marcada para dia 27 de junho de 2023, os deputados poderão aprovar a convocação ou não do diretor da Binance.

Qual a justificativa para convocar o diretor da Binance no Brasil para a CPI das Pirâmides Financeiras de Criptomoedas?

A convocação de Guilherme Haddad Nazar deve ocorrer para que o Diretor-Geral da Binance explique sobre a gestão da plataforma no Brasil. Vale lembrar que a Binance nunca recebeu acusações de operar um esquema de pirâmide financeira no país, mas um deputado da CPI julgou importante conversar com a empresa.

“Senhor Presidente, Requeiro nos termos do art. 58, § 3º da Constituição Federal, combinado com os arts. 35, 36 e 37 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, seja convocado o Sr. Guilherme Haddad Nazar, diretor-geral da Binance no Brasil, como testemunha, para prestar esclarecimentos sobre a atuação da empresa na gestão de criptomoedas, sobre sua relação com a representante B Fintech Serviços de Tecnologia Ltda e sobre possíveis parcerias com empresas nacionais envolvidas em serviços financeiros associados às criptomoedas.”

Contudo, o deputado autor do requerimento indicou que muitos esquemas de pirâmides tinham movimentações na corretora. De acordo com o requerimento, o dono da Rental Coins, Sheik dos Bitcoins, alegava operar na plataforma para seus clientes.

Além disso, o parlamentar brasileiro declarou que a SEC nos EUA tem processado a Binance, e seu fundador. Com isso, a corretora entra na mira da CPI, que deverá julgar nas próximas sessões se convoca ou não o representante.

Quem a CPI das Pirâmides vai convocar para falar sobre a investigação?

Na Ata da 2ª Reunião Extraordinária da CPI das Pirâmides Financeiras de Criptomoedas a que o Livecoins obteve acesso, fica claro que os parlamentares já se decidiram a convocar várias empresas do setor.

Entre os convocados de autoridades, estão Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central do Brasil; João Pedro Nascimento, Presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM); e Thiago Bueno, Procurador da República. Algum representante do Ministério da Fazenda também deve receber convites a participar das discussões.

Já os clubes de futebol Santos, Palmeiras, Corinthians, São Paulo, Vasco da Gama, Flamengo, Fluminense, Botafogo, Cruzeiro, Atlético Mineiro, Grêmio, Internacional, além da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) tiveram os requerimentos para sua convocação aprovados.

Entre empresas alvos de Operações pela PF, estão convocados o “Sheik dos Bitcoins”, Francisley Valdevino, assim como Antônio Neto e Fabrícia Campos da Braiscompany. Envolvidos com a operação Trap Coin também deverão participar das investigações da CPI.

Por fim, as emissoras de TV ainda não receberão convocações da CPI após um pedido de retirada de pauta. Além disso, as “Big Techs”, como a Meta, Google, Telegram, TikTok e outras também ficaram de fora das primeiras convocações.

Binance diz que todas as corretoras devem ser convocadas para CPI

Em nota ao Livecoins, a Binance declarou que todas as corretoras devem ser convocadas, e que seja uma boa oportunidade de falar sobre as melhores práticas do mercado.

“Como a maior provedora global de infraestrutura para o ecossistema blockchain e cripto e a maior exchange cripto por volume de negócios, a Binance tem um conhecimento profundo e amplo da indústria e sobre como cripto pode impactar e ajudar as pessoas da maneira mais sustentável e segura em todo o mundo, inclusive no Brasil.

Como as operações em blockchain são totalmente rastreáveis, este não é o melhor ambiente para criminosos atuarem. A Binance, que conta com o time de Segurança e Compliance mais qualificado e equipado desta indústria, tem um trabalho constante e proativo em parceria com autoridades de aplicação da lei de todo o mundo, como também no Brasil, para combater os crimes cibernéticos, prevenir atividades ilícitas e ajudar a levar esses criminosos à Justiça.

Esperamos que participem da CPI todas as exchanges e instituições financeiras que guardarem relação com o tema da Comissão, e que essa seja uma oportunidade para disseminar as melhores práticas da Binance para outros players do setor, especialmente exchanges menores, alvos preferenciais de fraudes e golpes, para que juntos possamos construir um ecossistema cripto seguro que proteja os usuários no Brasil.

A equipe de compliance da Binance tem mais de 750 pessoas trabalhando regularmente ao redor do mundo e em coordenação com as autoridades locais para combater crimes cibernéticos e financeiros, incluindo o rastreamento preventivo de contas suspeitas e fraudes. Nossa equipe inclui profissionais com experiência como reguladores, agentes da lei – que lideraram algumas das maiores investigações sobre crimes cibernéticos-, e investigadores seniores de renomadas empresas de análise de blockchain.

Considerando que golpistas operam em diversas exchanges simultaneamente, a Binance é a exchange que mais tem ajudado autoridades nas investigações e vítimas a recuperarem seu dinheiro, oferecendo constante e imediato suporte às agências e autoridades de aplicação da lei. Um exemplo foi a ajuda à Polícia Federal na investigação de Glaidson Acácio dos Santos (Faraó do Bitcoin) em 2021, que incluiu o congelamento de suas contas e a identificação de fluxos de dinheiro em plataformas ao redor do mundo. Outro exemplo é a Braiscompany: embora os promotores federais tenham nomeado várias exchanges envolvidas no esquema, a Binance foi a única entidade reconhecida pelas autoridades por ajudar em seus trabalhos de investigação.

A Binance e as suas subsidiárias têm uma política de cooperação e compliance com todas as solicitações de informações e consultas legais relacionadas a investigações, processos e ações de confisco de governos, autoridades regulatórias locais e autoridades policiais. Atendemos a mais de 50.000 pedidos de autoridades em todo o mundo desde 2022, com uma média de três dias de tempo de resposta, mais rápido do que qualquer instituição financeira tradicional.

Oferecendo suporte a usuários em mais de 180 países em mais de 30 idiomas, a Binance é a exchange com o maior número de licenças e autorizações exclusivas para criptomoedas obtidas em todo o mundo, contando com 16 até o momento, inclusive em países como França, Itália, Suécia, Dubai, Bahrein, Japão, Nova Zelândia, entre outros.”

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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