O dono da empresa Coindawg foi preso e teve o domínio de sua empresa apreendido pelas autoridades dos EUA, após suspeitas de roubo de recursos públicos. Ele era o dono de vários ATMs de criptomoedas, ou caixas eletrônicos, os Estados Unidos.
Durante as investigações, 18 máquinas presentes no Texas e Oklahoma foram apreendidas. Autoridades acreditam que elas haviam sido adquiridas com dinheiro proveniente de extravios de fundos ligados ao enfrentamento da Covid-19.
O suspeito, Charles Riley Constant, conhecido como “Chuck Constant”, teria roubado mais de 1 milhão de dólares e com o dinheiro começou seus empreendimentos com ATMs.
“Vamos continuar investigando suspeitos que desviaram fundos do Estado”, diz procurador
Com 54 anos e nascido no Texas, o suspeito operou seu esquema todo dos EUA, roubando dinheiro dos cheques do governo para combate a Covid-19 desde 2020.
Para o procurador dos EUA, Damian Williams, está mais que claro que Charles roubou fundos de ajuda para empresas durante a pandemia. Após lavar parte do dinheiro e repassar outras somas a cúmplices, ele iniciou suas atividades no comércio legal de ATMs de criptomoedas.
“Conforme alegado, Charles Constant ajudou a lavar mais de US$ 1 milhão em receitas de empréstimos que seus co-conspiradores obtiveram de forma fraudulenta da SBA. Ele converteu a maior parte dos lucros do crime em Bitcoin para seus co-conspiradores e usou uma parte do restante para iniciar seu próprio negócio lucrativo de caixas eletrônicos com criptomoedas. Graças ao trabalho em equipe deste Escritório com o HSI, Constant agora enfrenta sérias acusações criminais por seus supostos crimes. Continuaremos a responsabilizar as pessoas que roubam fundos destinados a pequenas empresas que lutaram como resultado da pandemia do COVID-19.”
Para o agente especial encarregado da HSI, Ivan J. Arvelo, o caso segue sob investigação e todos os recursos poderão ser explorados para responsabilizar criminosos assim.
Suspeito utilizou corretora de criptomoedas de Nova Iorque em suas operações
De acordo com a justiça norte-americana, que confirmou a prisão do suspeito na última quarta-feira (22), ele utilizou uma corretora de criptomoedas com sede em Nova Iorque para operar sua fraude. O nome da empresa não foi revelado ao público, e não está claro se a plataforma ajudou as autoridades durantes as investigações.
De qualquer forma, as apurações indicam que com US$ 300 mil fruto da fraude, Charles conseguiu comprar 18 ATMs de criptomoedas e chegou a processar 3 milhões de dólares nos equipamentos, cobrando taxas de 15% por transações.
Caso condenado, pode pegar até 40 anos de prisão por crimes de lavagem de dinheiro, roubo de dinheiro público e recebimento de dinheiro público roubado.