Uma empresa de cibersegurança detectou mais de 200 mil fraudes envolvendo criptomoedas que podem colocar investidores em risco. Dessa forma, o alerta é para que os envolvidos com o mercado tomem cuidado com suas práticas de segurança pessoal e de suas carteiras.
Com um mercado em alta, o interesse de muitas pessoas pelo mundo em investir no setor foi impulsionado, o que levou muitos golpistas a procurar lucrar com golpes pela internet.
Dessa forma, sites falsos e várias oportunidades de negociações de criptomoedas novas surgiram, colocando em risco pessoas desatentas. De acordo com a Kaspersky, várias tentativas foram bloqueadas, embora o problema continue.
Empresa de cibersegurança detecta 200 mil fraudes envolvendo as criptomoedas
Em vários golpes pela internet, os criminosos criam ambientes digitais em que a própria vítima colabora com o golpe. Assim, em alguns casos de “airdrop”, por exemplo, páginas pedem que os usuários digitam suas seeds de carteiras para ganhar tokens.
Além disso, há páginas que tentam se passar por empresas reais do mercado. Quem não percebe a prática fraudulenta, é forte candidato a perder dinheiro.
E um novo relatório da Kaspersky diz que foram detectadas 200 mil fraudes no setor, indicando um grande crescimento de páginas e mensagens falsas que circulam pela web. De acordo com a empresa de cibersegurança, o número de golpes em 2022 já é muito superior ao visto em 2021.
Alexey Marchenko, chefe de pesquisa especializado em roubo de informações da Kaspersky, diz que essas fraudes envolvendo criptomoedas já são uma realidade.
“Fraudes usando criptomoedas já são uma realidade e os investidores precisam ter uma atenção especial para evitá-los — especialmente as mensagens falsas, pois são simples de serem criadas e exploram a desatenção e falta de conhecimento das pessoas. É preciso identificar os sinais do golpe como uma oferta muito generosa, remetentes desconhecidos e pedidos de dinheiro ou informações confidenciais”.
Binance é marca mais usada por golpistas em busca de atrair vítimas
Entre os golpes mais comuns no mercado de criptomoedas, várias marcas de empresas e ferramentas do setor são utilizadas pelos fraudadores para atrair atenção das vítimas.
O comum é que presentes e brindes sejam oferecidos, assim, as vítimas vão ao ambiente falso em busca de uma suposta recompensa, momento em que são fisgadas pelo golpe.
De acordo com a Kaspersky, as marcas mais utilizadas pelas páginas falsas detectadas são a Binance (75%), Electrum (10%) e MetaMask (9%), ou seja, corretoras e carteiras do mercado.
Na maioria dos golpes, programas podem ser instalados nos dispositivos das vítimas, o que piora a extensão do problema. Trojans de roubo financeiro, spyware e ransomware também são comuns entre os golpes.
A recomendação então é que pessoas envolvidas com criptomoedas evitem links suspeitos e mensagens de contatos desconhecidos, além de utilizarem um antivírus de confiança.