GreenGo Capital prometia rentabilidades fáceis no mercado de criptomoedas. Redes sociais.
A empresa Rio Ave Investimentos LTDA, que vinha locando um imóvel em Recife para a pirâmide de criptomoedas GreenGo Capital, entrou na justiça com uma ação de despejo pela falta de pagamentos.
Em cópia do processo encaminhada ao Livecoins, a reportagem apurou que a GreenGo Capital, cujo dono é o Bruno José. A empresa também atuou forte na captação de investidores no Estado da Paraíba, captando principalmente ex-clientes da Braiscompany, assim como ex-divulgadores da finada pirâmide.
Ao locar em agosto de 2023 um imóvel no Empresarial Isaac Newton, em Recife, a GreenGo celebrou um contrato de dois anos com a Rio Ave. Contudo, desde junho de 2024 não tem repassado os valores combinados, deixando mais um rastro de seu calote.
No processo a que o Livecoins obteve acesso, a GreenGo Capital celebrou um contrato de aluguel imobiliário de R$ 8,9 mil por mês. A empresa suspeita também se comprometeu a pagar IPTU, taxa do Corpo de Bombeiros, despesas de condomínio, energia elétrica,
água e esgoto.
Contudo, sem pagar o que deve desde junho, agora vê mais um processo contra a possível pirâmide financeira chegar ao judiciário.
“Na ocasião de celebração do negócio, restou pactuado o prazo de 24 (vinte e quatro) meses pelo período de vigência do contrato de locação, com início em 20/08/2023 e término em 19/08/2025. Ainda, pelo período de vigência do contrato, o valor dos aluguéis mensais ficou estabelecido em R$ 8.900,00 (oito mil e novecentos reais), com a concessão de desconto de R$ 900,00 (novecentos reais), nos primeiros 12 meses de contrato“, cita trecho do processo a que a reportagem obteve acesso.
Com o não pagamento das dívidas, a dívida se acumulou para mais de R$ 134 mil junto à locadora, que pede a restituição dos valores na justiça de Pernambuco.
Ao captar clientes novos, a empresa prometia grandes lucros com supostas operações com criptomoedas. Agora, além da dívida de aluguel, também deixa seus clientes em agonia.
Ganhando contorno de drama para os investidores, a GreenGo Capital suspendeu os saques de rendimentos desde o final de julho de 2024, início de agosto. A culpa pelo problema, anunciada publicamente pela empresa, é ainda mais inusitada: a Guerra no Oriente Médio.
Na justiça, um cliente do advogado Artêmio Picanço já protocolou ação pedindo restituição de R$ 1,3 milhão investidos na empresa. O processo ainda segue na justiça contra a GreenGo Capital e seus sócios.
No Reclame Aqui, a saga de reclamações segue crescendo, ainda de forma tímida, mas com clientes mostrando cada vez mais seu descontentamento com o fim do negócio.
O Livecoins não conseguiu contato com a empresa nem seus responsáveis, mas o espaço permanece em aberto para manifestações.
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