A Grayscale, gestora por trás do maior ETF de Bitcoin do mundo, acredita que os EUA terão ETFs de outras criptomoedas no futuro. Além de pedidos em aberto para a aprovação de ETFs de Ethereum, atualmente o mercado americano só consegue investir em Bitcoin através desses produtos.
Conforme o Bitcoin passou por uma forte valorização antes e após receber um ETF, é possível que outras criptomoedas tenham um desempenho semelhante. Isso porque o apetite de grandes investidores por criptomoedas é notável, mas eles ainda não tem acesso fácil ao mercado.
Pistas sobre quais serão as próximas criptomoedas que podem receber um ETF podem ser encontradas na própria Grayscale. Afinal, a gestora mantém 16 fundos atualmente, que poderão ser convertidos em ETFs. São eles:
- GBAT — Basic Atention Token (BAT)
- BCHG — Bitcoin Cash (BCH)
- GLNK — Chainlink (LINK)
- MANA — Decentraland (MANA)
- DEFG — Uniswap (UNI), MakerDAO (MKR), Lido (LDO), Aave (AAVE) e Syntethix (SNX)
- GDLC — Bitcoin (BTC), Ethereum (ETH), Solana (SOL), XRP (XRP) e Avalanche (AVAX)
- SCPXX — Solana (SOL), Cardano (ADA), Avalanche (AVAX), Polkadot (DOT) e Polygon (MATIC)
- ETCG — Ethereum Classic (ETC)
- ETHE — Ethereum (ETH)
- FILG — Filecoin (FILE)
- HZEN — Horizen (ZEN)
- LTCN — Litecoin (LTC)
- GLIV — Livepeer (LIVE)
- GSOL — Solana (SOL)
- GXLM — Stellar (XLM)
- ZCSH — Zcash (ZEC)
Um bom motivo para acreditar na demanda de institucionais está na divergência de preço de alguns desses fundos da Grayscale. O GLNK, por exemplo, está com um ‘premium’ de quase 900% em relação ao preço da criptomoeda Chainlink (LINK).
Como comparação, o GBTC chegou a ter um premium de 43% em 2019, mantendo um preço acima do Bitcoin até 2021, quando começou a apresentar descontos que chegaram a 49% em 2022. Após o GBTC ser convertido em um ETF, esse desconto zerou à medida que saques foram habilitados.
Grayscale acredita que ETFs de outras criptomoedas chegarão ao mercado
Embora só esteja tentando converter seu fundo de Ethereum (ETH) em um ETF no momento, é possível que a Grayscale faça isso com todos os seus fundos. Isso porque David LaValle, head global de ETFs da Grayscale, se mostrou otimista em relação ao futuro desses produtos em Wall Street.
“Acredito que 100%”, disse LaValle sobre as chances de aprovação de ETFs de novas criptomoedas.
“O caminho para os ETFs de ativos digitais aconteceu por esse mercado regulamentado com os futuros, mas à medida que o mercado de ativos digitais continua se expandindo e amadurecendo holisticamente, quero dizer, já provamos que podemos fazer isso com o Bitcoin [e] estamos tendo uma conversa muito frutífera sobre o Ethereum.”
Vale notar que o fundo da Grayscale foi reduzido pela metade desde sua conversão em janeiro. Dos mais de 600.000 que tinham em suas carteiras, hoje restam apenas 299.212 BTC.
Portanto, essas possíveis saídas de fundos de outras criptomoedas poderiam pressionar o mercado assim como fizeram com o Bitcoin. Sendo assim, seria essencial que outras gestoras também entrassem nesse jogo para equilibrar esse fluxo.
De qualquer forma, a oferta de criptomoedas em mercados tradicionais parece inevitável, ainda mais após o sucesso dos ETFs de Bitcoin. Além de entradas gigantes pela BlackRock e Fidelity, esses produtos também estão tendo um grande volume de negociações.
