EUA processam “criadores do Facebook” e outros gigantes das criptomoedas por golpe bilionário

Em documento publicado nesta quinta-feira (19), a Procuradora-geral de Nova York, Letitia James, anunciou que o Estado está processando tanto a Gemini quanto a Genesis, a Digital Currency Group e Barry Silbert por um golpe bilionário.

O governo americano lançou um processo de 58 páginas contra a Gemini, corretora fundada por Cameron e Tyler Winklevoss, a Genesis, a Digital Currency Group (DCG) e Barry Silbert, fundador dessas duas empresas, e Michael Moro.

Segundo o comunicado publicado nesta quinta-feira (19), os indiciados lesaram mais de 230 mil investidores. A soma das dívidas ultrapassa a quantia de 1 bilhão de dólares (R$ 5 bilhões).

O processo alega que todas empresas citadas sabiam que o principal cliente da Genesis era a Alameda Research — empresa fundada por Sam Bankman-Fried e usada para desviar os fundos dos clientes de sua falida corretora, a FTX — mas que não revelaram esse detalhe às partes interessadas.

A disputa entre os gêmeos do Facebook e o Digital Currency Group

Conhecidos como os gêmeos do Facebook após ganharem um processo contra Mark Zuckerberg, Cameron e Tyler Winklevoss investiram boa parte de suas fortunas em Bitcoin e, ainda em 2015, lançaram uma corretora, a Gemini.

Anos depois, a Gemini passou a oferecer um serviço chamado Gemini Earn a seus clientes, prometendo retornos garantidos. Para esses bitcoins renderem, a corretora usava os serviços da Genesis, uma empresa da Digital Currency Group (DCG), que fazia empréstimo de criptomoedas para outras empresas.

Logo após a falência da FTX, corretora de Sam Bankman-Fried, a Genesis também declarou falência, ficando claro que existia uma ligação entre as duas. A Gemini foi obviamente abalada, precisando interromper saques de criptomoedas para seus clientes.

Mais do que acusações abertas nas redes sociais, os gêmeos do Facebook também processaram a DCG, acusando a empresa-mãe da Genesis de fraude. Além da Genesis, a DCG também controla a Grayscale, responsável pelo maior fundo de Bitcoin do mundo, bem como o portal Coindesk e outras empresas menores.

Como se essa disputa já não fosse grande o bastante, mais tarde a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) acusou as duas empresas de estarem ofertando títulos de criptomoedas não-registrados.

Governo americano processa DCG, Genesis, Gemini, Barry Silbert

O último a entrar nessa briga foi o Estado de Nova York. Em documento publicado nesta quinta-feira (19), a Procuradora-geral de Nova York, Letitia James, anunciou que o Estado está processando tanto a Gemini quanto a Genesis, a Digital Currency Group e Barry Silbert por um golpe bilionário.

“A Gemini garantiu repetidamente aos investidores que investir com a Genesis por meio do programa Gemini Earn era um investimento de baixo risco”, aponta trecho destacado. “No entanto, a investigação da OAG descobriu que as análises internas da Genesis pela Gemini mostraram que as finanças da empresa eram arriscadas.”

“O processo alega que a Gemini sabia que os empréstimos da Genesis não tinham garantia suficiente e, a certa altura, eram altamente concentrados numa entidade, a Alameda [Research] de Sam Bankman-Fried, mas não revelou esta informação aos investidores.”

Segundo o processo, mais de 230 mil investidores foram lesados, já a quantia envolvida ultrapassa a marca de 1 bilhão de dólares (R$ 5 bilhões). Dividindo essa quantia pelo número de investidores, chegamos a uma média de R$ 22.000 por investidor.

“Essas empresas de criptomoeda mentiram para os investidores e tentaram esconder perdas de mais de um bilhão de dólares, e foram os investidores da classe média que sofreram com isso”, comentou a procuradora-geral Letitia James.

Nas redes sociais, Cameron e Tyler Winklevoss compartilharam uma nota oficial publicada pela Gemini, destacando que, assim como os investidores da Earn, também são vítimas da Genesis e do Digital Currency Group.

“O processo da Procuradora-geral de NY confirma o que temos dito o tempo todo — que a Gemini, usuários do Earn e outros credores foram vítimas de uma fraude massiva e sistematicamente “mentiram” por essas partes sobre a “condição financeira do Genesis”. Dito isso, discordamos totalmente da decisão da Procuradora-geral de NY de também processar a Gemini. Culpar uma vítima por ter sido fraudada e enganada não faz sentido e estamos ansiosos para nos defender contra esta posição inconsistente.”

Tanto o Digital Currency Group quanto a Genesis, Michael Moro e Barry Silbert não se pronunciaram publicamente sobre o processo. O espaço fica à disposição.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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