EUA impõe sanções contra corretora de bitcoin pela primeira vez na história

O departamento acredita que pelo menos 40% do volume de transações da Suex estava associado com endereços ligados a conhecidos suspeitos de ataques.

Os Estados Unidos costumam aplicar sanções econômicas contra diferentes países contrários às suas políticas ou indivíduos que ameaçam a segurança do país, mas um caso recente abriu um precedente muito interessante e importante para o criptomercado: Pela primeira vez as autoridades dos EUA colocaram na lista negra de sanções uma corretora de criptomoedas de outro país. 

De acordo com as notas oficias do Departamento do Tesouro dos EUA,o departamento sancionou a exchange de criptomoedas russa Suex.io, como parte da estratégia de combate a ataques de ransomware.

O Departamento listou a corretora na Lista de Nacionais Especialmente Designados por supostamente ter sido usada como forma de facilitar transações de ataques ransomware nos EUA.

Esse tipo de designação é geralmente feita contra criminosos, principalmente traficantes e suspeitos de estarem ligados com grupos terroristas.

Com isso, a Seux.io fica “fora” das empresas que os cidadãos e empresas dos EUA podem fazer qualquer tipo de negócio, cortando ela totalmente do ecossistema dos Estados Unidos. Quem utilizar o serviço que está sob sanção pode ser penalizado com multa e em alguns casos até mesmo ser preso.

Ransomwares

Durante uma conferência de imprensa, o Delegado da Tesouraria Adewale Adeyemo, afirmou que a Suex facilitou as transações de pelo menos oito variantes de ataques de ransomware.

Com isso, o departamento acredita que pelo menos 40% do volume de transações da Suex estava associado com endereços ligados a conhecidos suspeitos de ataques.

“Corretoras como a Suex são fundamentais para a possibilidade dos atacantes extraírem seus lucros dos ataques realizados. A ação de hoje sinaliza a nossa intenção de expor e quebrar a infraestrutura ilícita usada por esses ataques.”

De acordo com o The Block, a empresa de análise de blockchain Chainalysis ajudou o Departamento na investigação da Suex.

A empresa afirma que descobriu que a corretora tinha recebido mais de US$ 160 milhões em Bitcoin nos últimos três anos. Esses fundos incluem não só transações suspeitas de endereços ligados a ataques hackers, mas também depósitos de mercados da darknet, principalmente do mercado Hydra, o maior mercado negro da Rússia e possivelmente o maior do mundo.

Com isso, a ideia é interromper os ataques hackers ao romper com a infraestrutura e a cadeia de suprimento dessas organizações. No entanto, como falamos no começo do texto, abre um precedente importante para o criptomercado, abrindo brecha para que no futuro os EUA possam criar sanções contra corretoras por motivos diferentes de suspeitas de ataques hackers.

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Matheus Henrique
Matheus Henrique
Fã do Bitcoin e defensor de um futuro descentralizado. Cursou Ciência da Computação, formado em Técnico de Computação e nunca deixou de acompanhar as novas tecnologias disponíveis no mercado. Interessado no Bitcoin, na blockchain e nos avanços da descentralização e seus casos de uso.

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