A Europol deflagrou a Operação Kratos para combater um serviço de streaming ilegal por meio do chamado IPTV, resultando na prisão de vários suspeitos.
A LALIGA, divisão de elite do futebol espanhol, também colaborou com as investigações das autoridades. De fato, a investigação iniciou há alguns meses, contando com mais de uma dúzia de países e empresas privadas, coordenado pela República da Bulgária e liderado pela Europol.
Os investigadores descobriram que o serviço mantinha uma rede de 22 milhões de clientes espalhados em vários países, dentro e fora da Europa.
Operação Kratos: Europol conta com apoio da LALIGA e vários países e empresas para fechar rede ilegal de IPTV
De acordo com informações divulgadas pela LALIGA, a Operação Kratos começou em junho de 2024 e teve seu trabalho investigativo até setembro daquele ano. No verão europeu, os Jogos Olímpicos e a Eurocopa 2024 marcaram o auge da operação, para combater os crimes de streaming ilegal.
Durante a operação liderada pela República da Bulgária, representada pela DGCOP – Ministério do Interior, autoridades da Itália e Croácia, com apoio da Europol, Eurojust e da AAPA, desmantelaram uma das maiores redes ilegais de streaming dentro e fora da UE. A ação envolveu o compartilhamento de informações para identificar plataformas ilegais, documentar crimes e identificar os grupos responsáveis.
A investigação focou na distribuição ilegal de conteúdos de streaming, como filmes, séries e canais de TV, incluindo esportes. Foram identificados 102 suspeitos, dos quais 11 foram presos. A rede distribuía mais de 2.500 canais de TV e alcançava 22 milhões de usuários no mundo sem autorização dos detentores dos direitos autorais.
A operação realizou 112 buscas, com a apreensão de 29 servidores, 270 dispositivos de IPTV e 100 domínios ligados às atividades ilegais.
Operação da Europol resultou na apreensão de R$ 10 milhões em criptomoedas
Mais de 560 revendedores de serviços piratas foram identificados durante a operação, que também resultou na apreensão de drogas, armas e criptomoedas no valor de € 1,6 milhão (aproximadamente R$ 10 milhões), além de € 40.000 em dinheiro. A ação contou com a participação de 15 países, incluindo Bulgária, Croácia, França, Alemanha, Itália, Holanda e Reino Unido, com apoio crucial da Europol, Eurojust e AAPA.
Em diversos países, investigações sobre plataformas ilegais de transmissão de conteúdo protegido foram iniciadas ou concluídas. Entre os envolvidos estavam Bulgária, Macedônia do Norte, Grécia, Espanha, Letônia, França, Holanda, Romênia e Portugal. Organizações como UEFA, La Liga, AAPA e MPA forneceram informações para identificar e desativar fontes de conteúdo ilegal, utilizando ferramentas legais disponíveis.
A Operação Kratos segue a Ação Operacional 3.2 da prioridade “Crimes contra Propriedade Intelectual” da plataforma EMPACT da Comissão Europeia.