Neste mês de abril de 2025, o mercado cripto atinge um marco simbólico: faz exatamente um ano desde o último halving do Bitcoin, evento que tradicionalmente marca uma nova fase de valorização para o ativo.
Coincidentemente ou não, o Bitcoin rompeu novamente a barreira dos US$ 94 mil, após semanas de retração, reacendendo o otimismo entre investidores e entusiastas.
Segundo Guilherme Nazar, vice-presidente regional da Binance para a América Latina, esse momento consolida a percepção de que o Bitcoin está cada vez mais inserido na dinâmica de ativos de longo prazo.
“Não há dúvidas de que o Bitcoin é um ativo que amadureceu diante dos olhos do mercado. Um ano após o halving, o Bitcoin acumula uma valorização de quase 50%, mesmo em um cenário macroeconômico e político complexo. Isso demonstra solidez dos fundamentos deste ativo.
As incertezas macroeconômicas globais e disputas tarifárias dominaram a agenda global, e impactaram fortemente os mercados financeiros, incluindo os preços dos ativos digitais. Mas quando olhamos os fundamentos da Web3, vemos que eles seguem fortes. O uso da rede Bitcoin indica robustez nos fundamentos onchain, como número de endereços ativos, volume de transações e taxas de hash, o que é um sinal positivo de que a rede segue sendo amplamente utilizada e de que há uma confiança de longo prazo dos investidores.
Em um mundo de crescentes tensões e disputas tarifárias entre diversos países, o BTC se mantém forte tanto pela oferta limitada, que confere ao ativo a possibilidade de uso como reserva de valor, quanto pela possibilidade de negociação ininterrupta e global”, comenta Nazar.
Executivo da Binance diz que mais empresas consideram adotar reservas de bitcoin
Guilherme Nazar também destaca em sua análise que mais empresas estão em adoção de bitcoin como reserva de valor. Ou seja, o mercado vive uma nova fase, que pode atrair ainda mais investimentos.
“Corrobora este cenário o fato de que mais empresas vêm anunciando aumento de suas reservas em Bitcoin. A gigante de software MicroStrategy (MSTR), um dos maiores detentores de Bitcoin com capital aberto no mundo, voltou a comprar a criptomoeda na última semana e elevou o total de participações para mais de US$ 47 bilhões.
Recentemente, a japonesa Metaplanet anunciou novas compras do ativo, elevando as reservas para 5 mil Bitcoins, enquanto a HK Asia Holdings Limited informou em comunicado que pretende captar aproximadamente US$ 8,35 milhões com emissão de novas ações e notas conversíveis para comprar mais Bitcoins.”