Família perde R$ 3 milhões com empresa que prometia 12% ao mês com criptomoedas

Família do interior de São Paulo tenta reaver valor de empresa suspeita que se chama "Open Sea".

Uma família do interior de São Paulo entrou com um processo na justiça pedindo o ressarcimento de R$ 3 milhões após confiar e perder seu dinheiro em uma empresa que prometia rendimentos mensais de 12% com criptomoedas.

Com o crescimento do mercado de criptomoedas, muitas pessoas mostraram interesse em participar da nova economia. Contudo, muitos optaram por entrar no setor sem muito estudos, acreditando então em promessas vagas de empresas que oferecem rentabilidades mensais.

Segundo a CVM em um evento recente, um dos desafios dos estados é justamente controlar os golpes com criptomoedas, principalmente aqueles de pirâmides financeiras e esquemas Ponzi.

Família perde R$ 3,3 milhões após acreditar em promessas de 12% ao mês com criptomoedas

Na justiça de São Paulo, três pessoas ingressaram com um processo contra a Mr7 Bank e Open Sea Securitizadora, além de um homem que pode ser o líder, informando que a empresa não honra com os pagamentos prometidos.

Na justiça, a família pediu urgência para bloquear os valores da empresa sob risco de dilapidação de patrimônio por parte da empresa em que confiaram seu patrimônio de 3,3 milhões.

Fizeram a descrição fática dos fatos para empregar o investimento de valores mencionados à empresa agravada “MR7 Bank”. Para o valor investido havia uma garantia de um retorno de aproximadamente 12% ao mês, por meio de alocação de recursos no mercado financeiro, incluindo o mercado de criptomoedas, segundo o contrato de prestação de serviços. Nenhum valor foi devolvido, após diversos contatos.

Eles afirmaram que o caso é de uma pirâmide financeira envolvendo moedas digitais, que prometia grandes lucros sem registro em órgãos competentes.

Em decisão de primeira e segunda instância, a justiça ainda não concordou com bloqueios de urgência ao negócio suspeito, que deverá explicar aos investidores o que há de errado e ocasiona o travamento de saques. O caso segue na justiça, mas chama atenção para mais um possível esquema de pirâmide financeira em colapso.

Nome “Open Sea”?

O que chama atenção para a estratégia de marketing do Grupo Mr7 também é que uma de suas empresas se chama “Open Sea Securitizadora”, similar a popular plataforma de NFTs utilizada por artistas de todo mundo.

Não está claro se essa é uma estratégia para se confundir com a plataforma internacional já famosa, mas o caso é certamente curioso, sendo que clientes apontam que essa é a mesma empresa que o Mr7.

Cliente reclama que terá de entrar na justiça para reaver dinheiro do Grupo Mr7, que pode ser o mesmo que a Open Sea
Cliente reclama que terá de entrar na justiça para reaver dinheiro do Grupo Mr7, que pode ser o mesmo que a Open Sea. Reclame Aqui.

Pelo Reclame Aqui o Mr7 Bank já é citada por clientes em reclamações, sendo todas respondidas pela empresa com a mesma mensagem, que informa que o caso já está sob análise do jurídico da empresa.

De qualquer forma, as reclamações continuam a chegar para o negócio de Araçatuba, assim como processos na justiça.

O Livecoins tentou contato com o jurídico do Mr7 Bank para perguntar sobre os saques travados e se há previsão de liberação, mas não recebeu retorno até o fechamento dessa matéria.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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