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Forbes acusa Binance de “manobra semelhante às da FTX”

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Uma matéria da Forbes, publicada nesta segunda-feira (27), acusa a corretora Binance de usar fundos clientes para enviar bilhões de dólares em criptomoedas para grandes fundos, “um embaralhamento de ativos assustadoramente semelhante às manobras da FTX”, apontou a revista.

Segundo a investigação onchain, a Binance teria enviado US$ 1,025 bilhão a Cumberland, outros US$ 138 milhões a Justin Sun, US$ 33 milhões a Amber Group e, por fim, US$ 20 milhões à Alameda Research, fundo controlado por Sam Bankman-Fried.

No total, os montantes chegam a US$ 1,216 bilhão (R$ 6,32 bi) e, segundo a Forbes, este valor pertenceria a outros clientes da Binance.

“Em sua última manobra, a Binance transferiu US$ 1,8 bilhão em colaterais de stablecoin para fundos de hedge, incluindo Alameda [Research] e Cumberland/DRW, deixando seus outros investidores expostos.”

Forbes aponta movimentação bilionária feita pela Binance, afirmando que a “manobra” é semelhante à feita pela falida corretora FTX. Fonte: Forbes/Reprodução.

Outro ponto notado pela revista é que a stablecoin USDC, em sua versão embrulhada na Binance Smart Chain, ficou sem lastro algum por quatro meses seguidos. Em seu pico, a Binance teria deixado os holders descobertos em US$ 1,2 bilhão (R$ 6,24 bi).

“A Binance esvazia US$ 1,8 bilhão em USDC até zero (linha azul), mas deliberadamente mantém 1,2 bilhão de B-tokens pendentes (linha amarela) com garantia zero por quatro meses.”

Binance deixou tokens embrulhados sem nenhum lastro por quatro meses, aponta denúncia. Fonte: Forbes/Reprodução.

Tal assunto, entretanto, já havia sido abordado pela própria corretora, que admitiu ter misturado fundos de clientes com carteiras usadas para lastrear tais tokens.

Binance faz o que quer, afirma Forbes

Finalizando seu ataque, a Forbes aponta ser “difícil ignorar as similaridades com as transações que contribuíram para o colapso da FTX”, ou seja, a corretora de Changpeng Zhao também poderia ter algum problema de liquidez.

Quanto a legalidade de tais movimentos, a revista nota que, como a Binance não é regulada por nenhum órgão, acaba criando suas próprias regras.

“Essas ações podem não ter sido ilegais, simplesmente porque a Binance não é regulamentada como uma empresa financeira regular e os compradores dos tokens b-peg não assinam contratos de investimento com a corretora.”

Binance responde às críticas

Falando com portais internacionais como The Block e CoinDesk, um porta-voz da Binance respondeu ao ataque da Forbes, afirmando que os fundos de seus clientes sempre estiveram seguros, apesar da confusão entre as carteiras. O CEO da Binance também comentou sobre o assunto.

“As transações on-chain identificadas estão relacionadas ao gerenciamento interno da carteira.”

“Embora a Binance tenha reconhecido anteriormente que os processos de gerenciamento de carteira de garantia de token vinculado à Binance nem sempre foram perfeitos, em nenhum momento a garantia de ativos do usuário foi afetada”, continuou o porta-voz da corretora. “Os processos para gerenciamento de nossas carteiras de garantia foram corrigidos a longo prazo e isso é verificável on-chain.”

Por fim, vale notar que a Binance já investiu US$ 200 milhões (R$ 1 bilhão) na Forbes. No entanto, isso não foi motivo para a revista deixar de publicar sua investigação.

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Autor:
Henrique HK