Dois homens foram presos em Tóquio por suspeita de roubar a própria empresa em que trabalhavam. De acordo com relatos, eles são acusados de roubar 78 milhões de ienes (aproximadamente R$ 3 milhões) em bitcoins da Vipstar, uma empresa do ramo de blockchain.
De acordo com a imprensa local, Um dos principais suspeitos do crime é um ex-funcionário da empresa que usou suas credenciais para roubar os fundos de uma conta da empresa, Yuto Onitsuka e Takuma Sasaki são acusados também de cometer fraude cibernética.
A empresa descobriu o crime depois de um mês, durante esse período, um dos suspeitos gastou cerca de 6 milhões de ienes (R$ 225 mil) para pagar dívidas e curtir a vida.
Onitsuka era CTO (Diretor de Tecnologia) da empresa e tinha acesso à contas e detalhes de login de todos os clientes.
A polícia afirma que, em outubro de 2018, os dois suspeitos fizeram 12 saques não autorizados em uma conta da Vipstar. Segundo relatos, os bitcoins roubados foram transferidos para duas contas pessoais dos suspeitos.
Funcionário estava insatisfeito com a empresa
Ambos os suspeitos confessaram o crime, um deles citou que a motivação do crime seria “desacordos com a política de gestão da empresa”, isso o levou a “tentar ‘quebrar’ a empresa”.
“Eu não concordava com a política de gestão do presidente na época, então pensei em tentar arruinar a empresa”. Disse um dos suspeitos
O segundo suspeito, Sasaki, alegou ter agido sob pedido de Onitsuka. Os dois homens supostamente não se conheciam na vida real, tendo iniciado uma conversa pela Internet meses antes.
De acordo com a Vipstar, as criptomoedas roubadas não eram de clientes, mas parte do capital de giro da empresa.
Funcionários de alto escalão da área de TI costumam ter acessos privilegiados a várias informações, como acesso a e-mails, senhas, arquivos confidenciais e informações financeiras.
Esse é mais um dos motivos pelos quais vários especialistas não recomendam que usuários mantenham fundos em corretoras. Além dos fatores já conhecidos, como hackers ou falhas de seguranças, ainda existem fatores internos, como um funcionário insatisfeito com permissões que podem sumir com seus fundos.