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Futuro do Bitcoin pode estar nas mãos do DCG

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Em postagem realizada na última quinta-feira (15), a corretora de criptomoedas Bitvavo afirma que está tentando recuperar 280 milhões de euros (R$ 1,58 bilhão) alocados em uma subsidiária do Digital Currency Group (DCG).

Explicando melhor a relação entre as duas empresas, a Bitvavo teria usado os serviços da Genesis para oferecer rendimentos a seus clientes. Entretanto, esta pausou saques logo após a falência da FTX, afirmando que estaria com problemas de liquidez.

Tal situação fica ainda mais dramática quando todo quadro é analisado. Como reportado pela CoinDesk, outra subsidiária da DCG, o grupo deve US$ 1,7 bilhão (9 bilhões) à Genesis, e uma das soluções em vista seria a dissolução da Grayscale, o fundo mais famoso do setor.

Criptomoedas do portfólio do DCG em forte queda

Acompanhando a crise do Digital Currency Group, o analista Will Clemente apontou, na sexta-feira (16), que algumas criptomoedas do portfólio do DCG apresentaram forte queda nos últimos dias.

Sendo assim, ficamos com duas opções. A primeira delas aponta que o próprio grupo estaria vendendo tais ativos para buscar liquidez, a segunda seria uma venda por terceiros que estariam se antecipando ao movimento do gigante.

“Várias criptomoedas relacionadas ao DCG de Barry Silbert foram vendidas agressivamente esta noite (FIL, ZEN, ETC, NEAR), deixando muitos especuladores se perguntando se a venda é derivada do próprio DCG.”

Tais criptomoedas não são tão grandes. Ethereum Classic (ETC), a maior delas, ocupa apenas a 25ª colocação no CoinMarketCap, seguida pela NEAR Protocol (NEAR) e Filecoin (FIL), 34ª e 36ª maiores do mercado, respectivamente.

Grayscale pode ser a próxima gigante a ruir

Entretanto, a maior preocupação está voltada a Grayscale. No total, o fundo possui 643.572 BTC, mais 3% de todos os bitcoins do mercado. Além disso, também oferece exposição a outras criptomoedas, incluindo Ethereum (ETH), Solana (SOL), Litecoin (LTC) e outros dez criptoativos.

Fundos oferecidos pela Grayscale.

Em outras palavras, o DCG pode dissolver o maior fundo de Bitcoin do mundo para salvar seu ecossistema. Afinal, o Bitcoin Trust (GBTC) está sendo negociado por um desconto de 50% conforme tais bitcoins não podem ser resgatados. Além disso, estima-se que o DCG tenha grande exposição ao mesmo.

Contudo, em nota à Reuters, um porta-voz do grupo afirmou que a Genesis é uma “subsidiária independente”, ou seja, é notável que o DCG não tenha intenção de sacrificar a Grayscale, a “galinha dos ovos de ouro” do grupo, para salvá-la.

Por fim, outras fontes afirmam que alguns investidores já estão comprando as dívidas da Genesis, como a de R$ 1,58 bilhão da Bitvavo, por um grande desconto.

“ATUALIZAÇÃO: as reivindicações de credores da Genesis estão começando a ser vendidas em pequenos lotes no que pode ser descrito como um “mercado negro”. Duas transações maiores que US$ 15 milhões foram fechadas em 35% do valor de suspensão pré-retirada.”

Os impactos no mercado

Sendo assim, vale notar que a Grayscale está tentando transformar seu fundo em um ETF há um bom tempo. Isso facilitaria a conversão de GBTC para BTC, mas há grande rejeição dos reguladores.

Outra opção para o DCG seria o levantamento de capital, entretanto, seria difícil devido ao momento em que os mercados se encontram. Isso se dá especialmente pela forte pressão da política monetária do Fed com o aumento na taxa de juros.

Por fim, nenhum cenário parece ajudar os investidores de Bitcoin. Enquanto temos mais quebras por um lado, por outro a salvação seria a entrada de mais de R$ 50 bilhões em BTC no mercado, com muitos investidores dispostos a vendê-los de imediato.

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Autor:
Henrique HK