Servidores do Gaeco do Ministério Público do Rio de Janeiro se uniram a um grupo internacional de investigação em criptomoedas. A coordenação dos trabalhos é feita pela Justiça dos Estados Unidos.
Recentemente, alguns servidores da instituição pública carioca passaram por uma capacitação com a justiça norte-americana, o que estreitou os laços entre os órgãos.
Vale lembrar que nos últimos anos, vários órgãos públicos brasileiros se uniram a instituições dos EUA para investigações no setor de criptomoedas.
A polícia federal, por exemplo, realizou uma operação contra suspeitos de roubar R$ 6 milhões em bitcoin de uma corretora americana no início de agosto de 2022, após receber informações sobre o crime diretamente do FBI.
Gaeco do Rio de Janeiro se une a grupo internacional de investigação em criptomoedas
O Ministério Público do Rio de Janeiro comunicou que vários servidores do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ) se uniram nos últimos dias a uma nova divisão de investigação a crimes com criptomoedas.
Tudo começou após promotores de justiça do Gaeco do Rio passaram por capacitações sobre essas tecnologias.
Criado pelo Departamento de Justiça (DOJ) dos Estados Unidos, o grupo tem a missão de discutir e aprimorar métodos de investigação criminal que envolvem as criptomoedas. A região algo dos participantes é América Latina e Caribe.
Além dos servidores brasileiros do Gaeco, se unem ao grupo agentes policiais e integrantes de inteligência dos países envolvidos, inclusive de representantes do Governo dos EUA.
Prova para ser parte do grupo
Para entrar para o grupo de investigação em criptomoedas internacional, os brasileiros do Gaeco do Rio passaram por duas capacitações, entre julho e agosto de 2022.
Ambas foram realizadas por representantes da empresa Chainalysis, conhecida pelas suas ferramentas de rastreio de criptomoedas.
A primeira capacitação oferecida foi entre 18 e 21 de julho de 2022, com o curso online “Fundamentos Básicos das Criptomoedas. A segunda capacitação foi presencial e entre 22 e 25 de agosto de 2022, com o treinamento “Chainalysis Reactor Certification”.
Quando as capacitações finalizaram, os participantes do Gaeco tiveram de realizar duas provas, que exigia um mínimo de 75% de acerto em cada uma delas. Os aprovados então foram aceitos no Grupo de Trabalho criado pelo DOJ-EUA.
Dois promotores de justiça entre os escolhidos
De início, o grupo internacional de investigação de criptomoedas terá a presença de dois membros do Gaeco do Rio, os promotores de justiça Diogo Erthal Alves da Costa e Fabiano Gonçalves Cossermelli Oliveira.
Eles integrarão o Grupo de Trabalho para investigações em toda região da América Latina, com atuação permanente e com participação periódica para discutir medidas e soluções que aprimorem os métodos de investigação de ilícitos criminais com criptomoedas.
No Brasil, o Ministério Público do Estado de São Paulo e também o do Distrito Federal já contam com equipes especializadas de investigações em criptomoedas, sendo que o Rio de Janeiro agora terá uma divisão com mais conhecimento no setor.