Golpista no Alibaba usa P2P de bitcoin para aplicar golpe vendendo placas de vídeo

Anúncio de placas de vídeo com desconto atraiu uma cliente e seu esposo, que confiaram na proposta.

Uma cliente da plataforma Alibaba caiu nas redes de um golpista que realizava a oferta de venda de placas de vídeo com um suposto desconto. Em anúncio, ele indicava que poderia vender 20 placas por um preço muito suspeito.

A venda em questão envolvia 20 placas de vídeo RTX 3090 X4 Ichill, que na oferta fraudulenta sairiam por R$ 18 mil.

Contudo, apenas uma placa de vídeo deveria ter o mesmo custo que o lote. Sem desconfiar, a cliente da plataforma e seu esposo fecharam a compra do item, realizando o pagamento em dois PIX, em abril de 2021.

Ao reclamar que as placas não chegaram em sua residência, a mesma foi informada que deveria pagar mais taxas, de frete e de impostos. Mesmo com tudo pago, ela aguardou por um ano e não recebeu os equipamentos.

P2P de bitcoin é apontado como golpista do Alibaba na justiça por vítima da fraude

Como os produtos não chegaram, a compradora das placas de vídeo lembrou que ao pagar com PIX, teve acesso a alguns dados da pessoa que recebeu a transação.

O homem, Capitão da Polícia Militar do Amazonas, vendia bitcoin no P2P desde 2019, e acabou sendo acionado na justiça como possível golpista do Alibaba.

Na última sexta-feira (27/1), uma audiência ouviu ambas as partes do processo em busca de maiores explicações.

Em sua defesa, o P2P disse apenas que foi procurado por um “Daniel” que queria comprar bitcoin. Assim, ele enviou dinheiro via PIX para o vendedor de bitcoin, e recebeu sua parte em moeda digital nas suas carteiras.

“Defendeu que, desde 2019, negociava bitcoin e, em abril de 2021, foi contatado por uma pessoa que se identificou como “Daniel”, que dizia ter interesse de comprar criptomoedas, indagando sobre valores, formas de pagamento e, nessa ocasião, o Réu lhe informou seus dados bancários. Desse modo, nega que o valor recebido seja proveniente da venda de equipamentos de informática e assevera que nunca desconfiou que estava sendo usado por golpistas para a prática de ilícitos.”

P2P não pediu dados do golpista e terá de arcar com prejuízo

Mesmo se defendendo e dizendo que também foi vítima do golpista do Alibaba, o P2P de bitcoin não conseguiu convencer o juiz.

Isso porque, o juiz de direito de Goiânia (GO), Vanderlei Caires Pinheiro, declarou que o vendedor de bitcoin não registrou os dados do golpista. Ou seja, realizou uma transação sem confirmar a identidade da pessoa com quem negociava, sendo a culpa reciproca entre as partes.

“Desse modo, tenho que as duas partes contribuíram para que o evento danoso ocorresse, isto é, a Autora porque confiou em um anúncio que oferecia um produto por valor que não ultrapassava sete por cento do seu valor no mercado, além de não ter desconfiado sobre os valores solicitados, posteriormente. Já o Réu, vendeu criptomoedas sem confirmar a identidade do comprador, que dizia somente que os depósitos estavam sendo realizados por sua esposa, ou seja, com dinheiro proveniente de conta de terceiro, que não era do comprador. “

Assim, o P2P de bitcoin terá de pagar R$ 26.728,13, mas com desconto de 50% por conta da culpa reciproca. O valor, de qualquer forma, deve ter correção em 1% ao mês desde o golpe aplicado, em abril de 2021. O juiz deu 10 dias para o pagamento da dívida, sob pena de aumentar em 10% o valor.

Por fim, o juiz negou o pedido de danos morais, aliviando um pouco a culpa do P2P de bitcoin.

Juiz manda P2P de bitcoin pagar mulher que cai em golpe pelo site Alibaba
Juiz manda P2P de bitcoin pagar mulher que caiu em golpe pelo site Alibaba. Reprodução: Trecho de processo a que o Livecoins teve acesso.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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