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Golpistas de criptomoedas gastaram milhões com festas, prostitutas e tanques de tubarões

Um dos acusados, enteado de uma figura pública, usou aproximadamente R$ 616 mil com prostitutas. No total, as perdas dos investidores somaram R$ 123 milhões, mas testemunhas sugerem que os danos podem ter ultrapassado R$ 616 milhões.

Um dos maiores julgamentos por fraude da Áustria chegou ao fim com a condenação de cinco réus acusados de operar um esquema de pirâmide milionário que enganou mais de 40 mil pessoas com promessas de lucros com criptomoedas, mais especificamente com o token EXW.

Ao longo dos 60 dias de audiência no Tribunal Regional de Klagenfurt, com quase 300 horas de análise e mais de 3.000 itens de arquivo, o caso expôs uma gigantesca rede de lavagem de dinheiro e manipulação de mercado.

O julgamento desvendou uma vida de ostentação financiados com o dinheiro dos investidores. Entre as extravagâncias, os réus gastaram dezenas de milhares de euros em festas em Dubai, carros de luxo, jatos particulares, prostitutas e até um tanque de tubarões em uma mansão.

Festas, prostitutas e tanques de tubarões

De acordo com a mídia local, um dos acusados, enteado de uma figura pública, usou aproximadamente R$ 616 mil com prostitutas. No total, as perdas dos investidores somaram R$ 123 milhões, mas testemunhas sugerem que os danos podem ter ultrapassado R$ 616 milhões.

O tribunal condenou os principais réus a penas que variam de cinco anos a 18 meses de prisão, enquanto outros cinco foram absolvidos e um réu estava ausente na leitura do veredicto.

Além do impacto financeiro, a complexidade do esquema dificultou as investigações. Os acusados usaram táticas que incluíam transporte de dinheiro em sacos plásticos, ocultação de fundos em caixas de sapato e transferência de ativos para fora da Áustria, onde operavam com empresas de fachada e contas espalhadas globalmente.

A comunicação entre os participantes era feita por aplicativos como o Telegram, que não colaboram com as autoridades, e os fundos passavam por uma série de transações em plataformas de criptomoedas até que o rastro se tornasse praticamente invisível.

A promotora Caroline Czedik-Eysenberg afirmou que “não havia qualquer projeto lucrativo” e que o esquema servia apenas para atrair clientes, enquanto a defesa de um dos réus argumentou que seu cliente pretendia obter lucros, mas foi “superado pela complexidade do sistema”.

As investigações também apontam para outros possíveis esquemas envolvendo os mesmos réus, incluindo o projeto “My First Plant” (MFP), que arrecadou € 16 milhões de 17 mil vítimas com uma promessa de retorno financeiro com colheitas de cannabis.

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