O humorista e escritor Gregório Duvivier chamou o Bitcoin de “conto do vigário” em coluna criticando a corrupção no Rio de Janeiro. Publicado pela Folha de São Paulo na última terça-feira (8), ainda comparou a moeda digital ao “jogo do bicho”.
A corrupção no estado do Rio de Janeiro de fato segue em alta no Brasil, envolvendo governadores e prefeitos. Por lá, o estado segue assistindo ao caos, que parece não ter mais fim.
Carioca, Gregório Duvivier é um dos criadores do “Porta dos Fundos”. Para ele, o carioca tem sido o “otário do Brasil”, após gestões ruins de autoridades eleitas pela população local.
Gregório Duvivier chama Bitcoin de conto do vigário ao criticar corrupção no Rio de Janeiro
O Bitcoin é uma moeda digital que funciona pela internet. Com transações descentralizadas, não tem um controle central. Contudo, o preço do Bitcoin é alvo de críticas por ter uma grande volatilidade.
O Porta dos Fundos, inclusive, fez um episódio especial sobre o Bitcoin, destacando a forte oscilação da moeda, em 2018. Agora o Bitcoin voltou a ser alvo de críticas de um dos criadores do programa de humor.
De acordo com uma coluna de Gregório Duvivier, “não há brasileiro mais inocente que carioca, cai em qualquer conto, do jogo do bicho à Bitcoin“. Foi assim que ele descreveu a moeda digital, ao apontar a corrupção do Rio de Janeiro.
Dessa forma, ele afirmou que uma suposta ingenuidade dos seus conterrâneos os levaria a acreditar em Bitcoin. Ao utilizar da ironia, Gregório apontou que as mesmas pessoas que acreditam na moeda digital, são responsáveis por eleger corruptos.
Gregório ainda citou que a cidade do Rio poderia até se tornar uma cidade-estado, uma chamada Autonomia Carioca. Por fim, afirmou que assim o Brasil se livraria do maior esquema de pirâmide jamais visto. A coluna de Gregório é publicada pela Folha de São Paulo todas às terças.
Bitcoin é um esquema ou golpe? Moeda ainda é mal vista por falta de estudo
O Bitcoin foi criado por Satoshi Nakamoto em 2009, como uma tecnologia de pagamentos digitais. Ao criar a moeda, Satoshi atraiu a comunidade de tecnologia que defende a liberdade da internet. De lá para cá, a moeda cresceu e amadureceu, mas ainda é vista com desconfiança por pessoas que ainda não a compreendem.
Essa falta de compreensão sobre o Bitcoin já o levou a ser associado a esquemas de pirâmides financeiras. Além disso, algumas pessoas acreditam que com essa moeda terão um enriquecimento rápido, devido a sua valorização histórica nos últimos anos.
De fato, a falta de compreensão sobre o assunto ainda é comum, mas a tecnologia é nova no mundo. Dessa forma, mesmo sendo associado ao “jogo do bicho”, o Bitcoin continua funcionando, com transações em todo o mundo.
O alegado “conto do vigário”, na visão de Gregório, já é utilizado na África por pessoas que fogem da inflação e possuem dificuldades no acesso aos bancos, tendo até um documentário na Amazon sobre isso. A moeda digital, inclusive, tem salvado pessoas da fome em países do continente.
Além disso, tem sido utilizado como reserva de valor por grandes empresas e pessoas. Dessa forma, é comparado com o ouro como proteção ao patrimônio. Ou seja, o Bitcoin tem tudo para não ser um golpe, mas sim a primeira moeda digital independente dos governos, estes sim, suscetíveis a corrupção.