Hacker hackeia hacker que sequestrava arquivos em troca de Bitcoin

O título foi proposital, título alternativo: Ransomware pede bitcoin como resgate e acaba sendo invadido por vitima que é programador

Um ransomware que pedia Bitcoin como resgate foi invadido por sua uma própria vítima. Um homem conseguiu hackear o criador do ransomware e criar um software para descriptografar os arquivos capturados pelo agente malicioso. Com a invasão, o hacker por trás dos ataques provou “do seu próprio veneno”.

Ataques na internet podem impossibilitar o uso de equipamentos e pedir recompensas por isso. No caso de ransomwares, o que acontece é um bloqueio ao acesso a arquivos armazenados no computador. Sendo assim, a única forma de recuperar os arquivos é pagando um resgate em Bitcoin.

Vítima liberou quase 3.000 chaves do ransomware

Tobias Frömel teve seu computador invadido pelo ransomware Muhstik. O programador alemão percebeu que a única forma de reaver seus arquivos seria pagando pelo que foi exigido pelo ransomware. O valor do resgate foi estipulado em 670 em bitcoin, cerca de R$ 3 mil.

Com este valor, Tobias conseguiu recuperar os arquivos que foram “sequestrados” pelo ransomware que pedia Bitcoin como resgate. Mas, após realizar a transferência e recuperar seus arquivos, Tobias decidiu hackear o criador do ransomware.

Após conseguir acessar o sistema criminoso, o programador alemão distribuiu quase 3.000 chaves criptografas. Essas chaves bloquearam arquivos de pessoas e empresas que foram atacados pelo mesmo golpe.

Programador decidiu acabar com esquema criminoso

Tobias conseguiu fazer com que quase 3.000 chaves criptografadas fossem distribuídas. Essas chaves pertenciam ao sistema criminoso que agia “sequestrando” arquivos das vítimas. Com a liberação do programador alemão, as vítimas não precisaram mais pagar o resgate em Bitcoin.

O programador liberou exatamente 2.858 chaves criptografadas, segundo o site Bleeping Computer. As vítimas foram encontradas no banco de dados do Muhstik. Em entrevista ao portal de notícias, Tobias contou como conseguiu acessar o sistema do ransomware.

Para libertar milhares de vítimas do golpe, o programador alemão conseguiu acessar o script em PHP responsável por criar novas senhas de recentes vítimas do ransomware. Esse acesso somente aconteceu após Tobias perceber que o servidor do Muhstik continha web shells.

Foi através desses web shells que Tobias conseguiu gerar senhas criptografadas para as vítimas do golpe. O programador criou um novo arquivo PHP através do acesso ao gerador de chaves do ransomware. Isso permitiu que códigos capturados pelo sistema operacional de cada vítima (HWID) gerassem senhas únicas para as vítimas.

chaves liberadas para vítimas
chaves liberadas para vítimas

Muhstik foi atacado pela sua própria vítima

O Muhstik é um ransomware que capturou arquivos de cerca de três mil pessoas. Isso sem considerar as demais vítimas que pagaram o resgate em Bitcoin para ter de volta o acesso aos arquivos. Esse foi o caso de Tobias Frömel, que pagou para o ransomware liberar seus arquivos. Porém, o Muhstik não esperava que o programador alemão fosse conseguir neutralizá-lo.

Ao gerar chaves criptografadas para as vítimas do golpe, Tobias também criou um software para descriptografar os arquivos atingidos pelo ransomware. O software foi disponibilizado gratuitamente para as vítimas, assim como as chaves criptografadas.

Disponibilizando gratuitamente todo o seu esforço para acabar com o ransomware, Tobias acabou sendo recompensado por alguns investidores. O programador recebeu, até então, duas doações em Bitcoin, no total de 0.01148348 BTC (~R$ 400).

Recentemente um brasileiro fez algo curioso também, fazendo um golpista da internet perder $ 100.

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Paulo Carvalho
Paulo Carvalho
Jornalista em trânsito, escritor por acidente e apaixonado por criptomoedas. Entusiasta do mercado, ouviu falar em Bitcoin em 2013, mas era que nem caviar, "nunca vi, nem comi, só ouço falar".

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