Um grupo de hackers invadiram a fabricante do uísque Jack Daniel’s nos Estados Unidos nos últimos dias. Como consequência da ação, que não foi um sucesso completo, os hackers vazaram dados da empresa, antigos e novos.
Detentora dos direitos do Jack Daniel’s desde 1956, a Brown-Forman é uma das principais empresas de destilaria e vinhos do mundo. Nos últimos dias, entretanto, passou por um sufoco com um grupo de hackers, que invadiu os sistemas da empresa.
A invasão, segundo apura os especialistas em segurança, se deu através de um ransomware perigoso. Chamado de ransomware Sodinokibi (REvil), essa ferramenta maliciosa tem causado inúmeros prejuízos a empresas e governos nos últimos anos. Na invasão a Brown-Forman, o REvil não teve um sucesso completo, apontou a empresa.
Hackers que invadiram fabricante de uísque pressionam por pagamento de resgate, 1 TB de dados em posse dos criminosos
Nos últimos anos, o número de ataques hackers de fato cresceu no mundo todo, com empresas e governos sendo os principais alvos. Um dos ataques mais sofisticados até aqui são os ransomwares, que ao entrar no computador (ou rede) da vítima, corre para criptografar os arquivos.
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Após isso, a vítima recebe um pedido de pagamento pelo resgate dos arquivos, normalmente em criptomoedas como Bitcoin ou Monero. Os ransomwares são considerados estelionatos virtuais, e as autoridades não recomendam o pagamento aos hackers, pois não há garantia da devolução dos dados.
Nos últimos dias, a grande empresa Brown-Forman, fabricante do uísque Jack Daniel’s, foi invadida por hackers. A empresa afirmou para a Bleeping Computer, que não irá negociar com os criminosos, já tendo contatado profissionais de segurança e autoridades para ajudar na resolução do caso.
Contudo, os hackers que invadiram a Brown-Forman tem uma carta na manga para pressionar a empresa pelo pagamento. De acordo com um site do ransomware REvil, os hackers teriam conseguido acesso a pelo menos 1 Terabyte de informações privadas da empresa.
O caso chamou atenção, pois, a Brown-Forman teria que pagar o resgate ou os hackers irão leiloar a base pela deep web. Quem pagar mais, poderá ter as informações da fabricante de uísque, que luta para evitar o vazamento, com informações até de seus funcionários e faturamento. Para pressionar, os hackers postarem em seu site alguns dados, provando que têm cópia de muitas informações.
Ransomware falhou em criptografar arquivos da empresa, mesmo com vazamento
O que chamou atenção neste caso, certamente foi a falha do REvil em criptografar os arquivos da Brown-Forman. De acordo com nota da empresa, a ação rápida dos especialistas de segurança evitou que a situação se agravasse, logo, os hackers não tiveram êxito.
“Brown-Forman foi vítima de um ataque de segurança cibernética. Nossas ações rápidas ao descobrir o ataque impediram que nossos sistemas fossem criptografados”, disse porta-voz da empresa para Bleeping Computer
Apesar disso, a pressão da REvil para que o pagamento seja efetuado continua, mesmo com a fabricante de destilados inclinada a não negociar. Em nota, a empresa afirmou que o momento é desafiador, mas não estaria disposta a pagar pelo resgate, mesmo com suas informações nas mãos de terceiros.