Foi preso o diretor de tecnologia e cofundador da empresa BlockParty, acusado de roubar criptomoedas, tokens e dinheiro da própria empresa para ostentar uma vida de luxo em redes sociais.
Com frequência, Rikesh Thapa se mostrava em viagens caras, compartilhava experiências em boates e suas aparições não deixavam dúvidas de que as roupas utilizadas eram de boa qualidade.
A vida de luxo do diretor da empresa que comercializava NFTs entrou na mira das autoridades norte-americanas. O FBI foi responsável pela investigação do caso que aconteceu entre 2017 e 2019.
Foi preso diretor de tecnologia de empresa de criptomoedas que roubou um milhão de dólares e se negou a devolver
A Justiça dos Estados Unidos divulgou que Rikesh Thapa, de 28 anos, foi preso na Califórnia na última quarta-feira (7). As informações foram publicadas pela Reuters no Yahoo Finanças.
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Ele era investigado pelo FBI há alguns anos, após dar um golpe contra sua própria empresa de venda de criptomoedas e NFTs.
De acordo com o procurador dos EUA, Damian Williams, o criminoso tentou encobrir suas atividades, mas não foi capaz de escapar das investigações.
“Rikesh Thapa supostamente traiu a confiança de sua empresa, pois era responsável pela salvaguarda de quantias substanciais de dinheiro. Thapa fez um grande esforço para encobrir suas fraudes, mas, graças ao trabalho dedicado deste Escritório e de nossos parceiros de aplicação da lei, ele agora terá que responder por seus crimes.”
A investigação apurou que, quando praticadas as fraudes, o diretor de tecnologia roubou da própria empresa. O encarregado do FBI, Michael J. Driscoll, declarou que vários roubos praticados pelo suspeito surgiram na investigação, que deletou e falsificou registros na tentativa de esconder os rastros.
“Como alegamos, o réu roubou e defraudou repetidamente a empresa vítima – que ele cofundou – a fim de financiar um estilo de vida pessoal luxuoso. Na tentativa de esconder seus crimes, ele também deletou e falsificou registros. O FBI continuará trabalhando para garantir que indivíduos dispostos a fraudar e roubar empresas privadas sejam responsabilizados no sistema de justiça criminal.”
CTO aproveitou uso de sua conta bancária para cometer a fraude
Perseguidas por bancos em todo o mundo, várias empresas têm problemas de manter suas contas em instituições financeiras, principalmente quando estão envolvidas com criptomoedas.
Assim, o CTO da empresa se ofereceu para guardar o US$ 1 milhão em sua conta bancária. Na cotação do Dólar hoje, o valor ultrapassa os R$ 5 milhões.
Quando a empresa pedia comprovantes que o dinheiro estava seguro, o diretor apresentava falsos extratos bancários, que mostravam que ele tinha muito dinheiro, até mais que a empresa lhe confiou.
Em outro momento, ele interceptou a venda de bitcoins da empresa, recebendo os valores em sua conta, que também acabaram desviados.
Com a fraude detectada, ele abandonou sua posição na empresa em 2019. Enfim preso na última quarta, o homem de 28 anos pode pegar até 20 anos de prisão por fraudes eletrônicas.