Alvo da Operação Crypto Runner, uma operação de repreensão a drogas no Texas, nos Estados Unidos, uma idosa foi condenada a 37 meses de prisão por cometer um crime envolvendo bitcoin.
A mulher de Virgínia (EUA) estava envolvida com uma organização criminosa que operava um esquema de venda de drogas.
Assim, seu papel era o de lavar o dinheiro fruto das atividades fraudulentas, utilizando para isso o bitcoin e outras criptomoedas.
Idosa de 76 anos é condenada a prisão após crime envolvendo bitcoin
Na última terça-feira (21), o juiz distrital dos EUA, Jeremy Kernodle, anunciou a sentença de prisão contra Lois Boyd, uma idosa de 76 anos.
Ela havia confessado sua participação no crime em junho de 2022, após participar de viagens interestaduais para ajudar empresas de extorsão. Sua condenação é de 37 meses em uma prisão federal.
De acordo com as informações do processo que chegaram ao tribunal, Boyd se viu envolvida com uma rede transnacional de lavagem de dinheiro. O esquema lavava recursos frutos de vários produtos criminais e derivados de esquemas de fraude.
Assim, Boyd e seus ajudantes trocavam os valores dos lucros por criptomoedas, direcionando recursos para carteiras próprias de comparsas em outros países.
Em agosto de 2020, por exemplo, a idosa tentou trocar 450 mil dólares por bitcoin para lavar dinheiro, mas não conseguiu. Na ocasião, ela chegou a ser presa temporariamente pelo crime.
Já em junho de 2021, ela recebeu a primeira acusação de participar do crime de lavagem de dinheiro, por um juri federal.
Por fim, em abril de 2022, o caso começou a desmoronar quando seu comparsa, Deependra Bhusal, de 47 anos, foi preso pela lavagem de dinheiro com criptomoedas. Ele foi condenado a 46 meses de prisão.
Idosa chamou atenção do Serviço Secreto dos EUA
A idosa envolvida com crime de lavagem de dinheiro com bitcoin agora condenada a prisão agiu com parceiros de outros países em suas condutas criminosas.
Contudo, mal sabia ela que o Serviço Secreto dos EUA estava em seu encalço, analisando seus passos em uma investigação federal no país. Além disso, a Agência Postal também colaborou com as investigações contra a suspeita.
As autoridades não divulgaram os valores em posse da idosa, nem se algum bitcoin acabou recuperado pela justiça no caso.
Vale lembrar que, embora os EUA não tenham uma regulação própria no mercado de criptomoedas, os crimes de lavagem de dinheiro internacional são uma preocupação do país. Divisões de investigação de fraude e crimes cibernéticos também colaboraram nas investigações contra a idosa do bitcoin.