O Instituto Brasileiro de Informação Ciência e Tecnologia (Ibict) utiliza em seu cotidiano as tecnologias de inteligência artificial (IA) e blockchain. Assim, o coordenador do órgão público comentou sobre como as tecnologias são promissoras no cotidiano das inovações.
Sob a direção de Cecília Leite, Ibict é vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e trabalha com vários produtos e serviços para o próprio serviço público nacional.
Para explicar o uso das tecnologias, Washington Segundo, coordenador da Área de Tratamento, Análise e Disseminação da Informação Científica do Ibict, divulgou sua visão sobre o assunto.
Vale lembrar que o MCTI tem observado, assim como o Ministro Marcos Pontes, iniciativas com a tecnologia blockchain no Brasil, área considerada vital para a inovação digital no país.
Instituto público brasileiro trabalha com a blockchain e vê potencial no uso da tecnologia
O Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia trabalha com a tecnologia blockchain. Vários projetos de pesquisa no Brasil, principalmente na UFRJ, onde existe um programa de mestrado e doutorado, já saíram desse instituto.
E vários dos projetos envolvem a criação de sistemas digitais para uso da ciência brasileira, que podem ser acessados por institutos de pesquisa no país. Sistemas como o BDTD e SEER, por exemplo, são utilizados não só no Brasil, mas por vários países.
Um dos coordenadores do Ibict, Washington Segundo lembrou que agora o instituto também utiliza a tecnologia blockchain para seu processo de inovação. Segundo ele, essa vai muito além das criptomoedas como o Bitcoin, mesmo essas moedas sendo responsáveis pela popularização dessa tecnologia.
“As informações a respeito destas transações não são armazenadas num único servidor, mas diluídas em blocos de códigos que se organizam em cadeias, que por sua vez se replicam em fragmentos alocados em diversos computadores”.
O uso da blockchain no ambiente começou a ser utilizado recentemente e busca construir uma rede distribuída no ecossistema de pesquisa, na qual cada participante possa armazenar com segurança informações e dados científicos e os pesquisadores possam acessar, validar, compartilhar e verificar de forma eficiente os dados na rede.
Além disso, o uso da blockchain também oferece potencial de maior segurança na abertura de dados de pesquisa. Outros usos potenciais seguem sob avaliação do órgão, que não está focado só nessa inovação.
“Inteligência Artificial é a simulação do comportamento humano”
Outro tema da tecnologia em alta no Ibict é a Inteligência Artificial, que Segundo declarou que é uma simulação do comportamento humano.
“Inteligência artificial é um termo guarda-chuva que designa qualquer máquina que simule o comportamento inteligente humano”.
Essa tecnologia no instituto está sendo utilizada no tratamento de grandes volumes de dados, na otimização de processos e em soluções de interoperabilidade entre sistemas.
Para o futuro, será natural que o uso da blockchain com IA pelo Ibict seja ampliado, tornando a tecnologia de sistemas públicos mais robusta.
“Ao mesmo tempo, processamento paralelo e colaborativo têm sido uma característica marcante de qualquer aplicação de sucesso na web. Por isso acredito que os sistemas de informação do Ibict deverão seguir este caminho, como muitos deles já o fazem, na direção de constituir redes e ecossistemas que interoperam entre si, nacional e internacionalmente, em oposição a bases centralizadas de alimentação também centralizada“.