Megaoperação da Interpol contou com apoio de 19 países e 9 empresas privadas
A Interpol revelou nesta sexta-feira (22) a prisão de 1.209 golpistas de criptomoedas em diversos países da África. Batizada de Operação Serengeti 2.0, a ação coordenada também recuperou US$ 97,4 milhões (R$ 527 milhões) e desmantelou 11.432 infraestruturas criminosas.
As investigações reuniram 18 países africanos e o Reino Unido, bem como nove empresas privadas.
O foco era o combate a crimes cibernéticos de alto impacto, incluindo ransomware, golpes online e comprometimento de e-mails corporativos.
Um dos destaques da Operação Serengeti 2.0 foi o desmantelamento de 25 centros de mineração de criptomoedas em Angola. As autoridades prenderam 60 cidadãos chineses que operavam a fazenda.
Além de máquinas de mineração de Bitcoin, as autoridades também confiscaram 45 estações de energia ilegais. Somados, os equipamentos estão avaliados em mais de US$ 37 milhões (R$ 200 milhões).
Já na Zâmbia, as autoridades apreenderam 372 passaportes falsificados de 7 países. Os documentos estariam ligados a crimes de tráfico humano.
“As autoridades zambianas também desmantelaram um esquema de fraude de investimentos online em grande escala, identificando 65.000 vítimas que perderam cerca de USD 300 milhões (R$ 1,6 bilhão).”
Segundo o texto, os criminosos atraiam as vítimas em campanhas publicitárias com promessas de grandes retornos. Além da prisão de 15 pessoas, as autoridades também aprenderam domínios, números de celular, contas bancárias e outras evidências.
“Cada operação coordenada pela INTERPOL se baseia na anterior, aprofundando a cooperação, aumentando o compartilhamento de informações e desenvolvendo habilidades investigativas entre os países membros”, comentou Valdecy Urquiza, Secretário-Geral da Interpol.
“Com mais contribuições e expertise compartilhada, os resultados continuam crescendo em escala e impacto. Esta rede global está mais forte do que nunca, proporcionando resultados reais e protegendo as vítimas.”
Dentre os países participantes da operação estão Angola, Benin, Camarões, Chade, Costa do Marfim, República Democrática do Congo, Gabão, Gana, Quênia, Maurício, Nigéria, Ruanda, Senegal, África do Sul, Seychelles, Tanzânia, Reino Unido, Zâmbia e Zimbábue.
As autoridades públicas também contaram com o apoio das empresas Cybercrime Atlas, Fortinet, Group-IB, Kaspersky, The Shadowserver Foundation, Team Cymru, Trend Micro, TRM Labs e Uppsala Security.
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