
Dinheiro apreendido pela Interpol em operação na África. Fonte: Interpol/Reprodução.
A Interpol revelou na última quarta-feira (22) a prisão de 83 pessoas envolvidas em diversos crimes, sendo 21 com terrorismo, 28 com golpe e lavagem de dinheiro, 16 com golpes cibernéticos e outras 18 com uso ilegal de criptomoedas.
A ação teve foco em seis países africanos, Angola, Camarões, Quênia, Namíbia, Nigéria e Sudão do Sul. No entanto, as vítimas de uma pirâmide, por exemplo, afetaram outros países.
O esquema movimentou US$ 260 milhões (R$ 1,4 bilhão) em moedas fiduciárias e criptomoedas.
Contando com a participação da Afripol, a Interpol investigou mais de 15 mil pessoas e entidades nos últimos dois meses. No total, mais de US$ 600 mil dólares já foram recuperados.
“Durante a operação de dois meses, coordenada conjuntamente pela INTERPOL e AFRIPOL, as autoridades dos países participantes examinaram mais de 15.000 pessoas e entidades de interesse, revelando cerca de 260 milhões de dólares em moedas fiduciárias e virtuais possivelmente ligadas a atividades relacionadas ao terrorismo.”
“Aproximadamente 600.000 dólares já foram apreendidos, com investigações adicionais em andamento para rastrear e recuperar outros ativos”, continua o comunicado.
Em relação às criptomoedas, a Interpol aponta uma operação suspeita de lavagem de dinheiro no Quênia com possíveis vínculos com o financiamento do terrorismo.
Citando um caso separado, as autoridades afirmam que jovens estavam sendo recrutados para grupos terroristas pela internet com pagamento em criptomoedas.
“Os fundos usados para recrutamento e radicalização foram rastreados por meio de uma plataforma de negociação de criptomoedas, voltando a indivíduos na Tanzânia”, disse a Interpol.
Indo além, outro destaque é um esquema de pirâmide financeira que afetou 17 países ao redor do mundo.
Enquanto o número de vítimas ultrapassa a faixa dos 100 mil, as perdas estimadas chegam a US$ 562 milhões. O caso, no entanto, segue em aberto.
“As investigações relacionadas à Operação Catalyst identificaram várias carteiras de grande valor potencialmente ligadas a atividades de financiamento do terrorismo”, disse a Interpol.
Finalizando, o texto aponta que a Interpol emitiu um “Red Notice” para um suspeito de operar um sofisticado golpe de criptomoedas que resultou em perdas de US$ 5 milhões.
Segundo as informações, o esquema movia as criptomoedas para vários endereços, incluindo corretoras, para ocultar o rastro das transações e convertê-las em moeda fiduciária.
Empresas privadas, como Binance, Moody’s e Uppsala Security, ajudaram nas investigações.
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