Um investidor de uma corretora de criptomoedas brasileira conseguiu bloquear bens e dinheiro da plataforma e de seus sócios. O caso tem repercutido entre os clientes, que acreditam serem vítimas de um golpe financeiro.
Nos últimos dias, os investidores brasileiros da empresa BlueBenx atravessam momentos de indefinição.
Isso porque, desde o dia 11 de agosto a empresa congelou os saques. Inicialmente, a justificativa era de que a plataforma havia sofrido uma invasão hacker.
Contudo, após a primeira versão a plataforma informou ao Livecoins que não foi um ataque, dizendo que os problemas começaram em julho de 2022, quando golpistas drenaram um pool de liquidez de seu token.
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Embora muitos clientes estejam aguardando por novidades, outros já correm para os tribunais brasileiros.
Investidor consegue bloquear com urgência bens de corretora de criptomoedas e seus sócios
Um investidor de São Paulo processou a corretora de criptomoedas BlueBenx e todos os seus sócios após ter seu dinheiro retido pela plataforma.
Na petição, o cliente da empresa pediu o bloqueio de bens em bancos e veículos, além da expedição de ofícios para Receita Federal do Brasil, CVM, Ministério Público e Junta Comercial de São Paulo, para comunicação do ocorrido.
Ao analisar a situação o juiz que cuida do caso entendeu que há uma possível fraude em andamento, já inclusive reconhecida pela CVM. Dessa forma, o magistrado entendeu que os clientes podem ter sido iludidos.
“O autor, assim como outros clientes, iludidos com a promessa de retorno muito acima da média de qualquer investimento disponibilizados por empresas que legitimamente atuam no setor, aportou recursos junto à parte requerida e, como era de se esperar, ao que tudo indica se trata de uma fraude.”
Ao entender que há risco e “considerando a ilicitude aparente da atividade exercida” pela empresa, o juiz baseou sua decisão com receio ao resultado útil do processo.
Assim, foi concedido ao investidor a tutela de urgência para bloquear os bens em veículos e de bancos das empresas ligadas a BluenBenx e de seus sócios, até o limite de R$ 10.542,94.
São réus na ação as empresas Bluebenx Pagamentos Sociedade Anonima, Bluebenx Tecnologia Financeira Sociedade Anônima, Bbx Capital Intermediação e Tecnologia Ltda e os sócios William Tadeu Batista Silva e Roberto de Jesus Cardassi.
Empresa tem 5 dias para se manifestar
Como a decisão foi dada em tutela de urgência ao investidor, a empresa ainda não se manifestou no processo e sua opinião sobre o problema não é conhecida.
No entanto, o juiz mandou a BlueBenx e seus sócios se manifestarem em até 5 dias, juntando as provas que pretende apresentar.