Irmão de ex-gerente da Coinbase é condenado por negociação com informação privilegiada

O ex-gerente da Coinbase passava informações confidenciais sobre futuras listagens da corretora para dois traders.

Em um caso que os promotores dos EUA estão chamando de “o primeiro de insider trading envolvendo o mercado de criptomoedas”, o irmão de um dos antigos gerentes da Coinbase, maior corretora cripto dos EUA, foi condenado por usar informações privilegiadas para obter vantagens em diferentes negociações.

De acordo com informações da Reuters, Nikhil Wahi admitiu durante o seu julgamento que usava informações confidenciais sobre a Coinbase para fazer negociações no mercado. Esse tipo de negociação feita por insider, com informações privilegiadas, é crime financeiro.

O julgamento de Wahi aconteceu em setembro do ano passado, quando ele se declarou culpado de conspiração eletrônica, mas a decisão da sentença veio apenas agora, em janeiro de 2023.

Os promotores afirmaram que Wahi lucrou quase US$ 900 mil com negociações ilegais que anteciparam mais de 40 diferentes anúncios da Coinbase e recomendaram uma sentença de 10 a 16 meses.

Como é de se imaginar, ele não agiu sozinho, afinal, alguém tinha que passar as informações privilegiadas para Nikhil. A acusação afirmou que ele recebia as informações de Ishan Wahi, ex gerente de produtos da Coinbase e irmão de Wahi.

Ishan compartilhava informações sobre as criptomoedas que seriam listadas no futuro próximo com o seu irmão e um terceiro chamado Sameer Ramani. Essas informações eram usadas para comprar os ativos que estavam para ser listadas e fazer um bom lucro com a valorização delas após a listagem.

Trader condenado a 10 meses de prisão, outro está foragido

Apesar de ter se declarado inocente das acusações de insider trading, a juíza distrital Loretta Preska afirmou que o caso não foi um “erro isolado de caráter” e acatou a recomendação dos promotores de sentenciar Wahi a 10 meses de prisão.

A família de Wahi estava no julgamento, e o réu disse para a juíza que o motivo de seus crimes foram justamente tentar ajudar sua família.

“Eu queria ajudar a minha família, mas ao invés disso eu apenas fiz eles sofrerem. Eu sinto muito pelo que eu fiz.”, disse Wahi durante a audiência.

Ramani, no entanto, ainda não foi encontrado pelas autoridades e continua foragido da justiça.

Para os promotores esse é um exemplo a ser dado para todo o mercado, principalmente em um momento onde há uma grande atenção para o setor em meio a casos como o da FTX.

O promotor de Manhattan, Damian Williams, acredita que essa foi uma sentença e um caso importante para reforçar essa mensagem.

“A sentença de hoje deixa claro que os mercados de criptomoedas não são uma terra sem lei.”, disse Williams em um comunicado.

Tomara que a mensagem seja realmente verdadeira e que casos como o da FTX não fique impune.

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Matheus Henrique
Matheus Henrique
Fã do Bitcoin e defensor de um futuro descentralizado. Cursou Ciência da Computação, formado em Técnico de Computação e nunca deixou de acompanhar as novas tecnologias disponíveis no mercado. Interessado no Bitcoin, na blockchain e nos avanços da descentralização e seus casos de uso.

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