Desenvolvedor envia R$ 182 milhões em criptomoedas para endereço errado e perde tudo

Andrea Di Michele, um dos desenvolvedores da Juno disse que o erro foi unicamente dele e foi por causa de uma operação errada de CTRL+C e CTRL+V, já que ele copiou a linha errada em seu código.

Uma recente historia de uma comunidade de investidores da JUNO foi um grande exemplo de superação dos membros menores contra uma baleia. No entanto, um simples erro de digitação acabou tornando a história trágica, com mais de R$ 182 milhões em criptomoedas “destruídas”.

Como mostrado pelo CoinDesk, usuários da comunidade JUNO atuaram ativamente contra uma baleia que, supostamente, estava manipulando o preço do ativo. A comunidade se movimentou para conseguir “confiscar” as moedas dessa baleia, aprovando uma proposta para diminuir o poder que a baleia tinha na rede.

Os administradores da JUNO argumentaram que se a ação não fosse tomada, vários problemas poderiam surgir no ecossistema JUNO. Inicialmente quem propôs a ação indiciou que uma única carteira com tanto poder de votação é um grande motivo para se preocupação significativa.

Depois, a quantidade de tokens que a baleia tinha poderia “sozinha acabar com toda a liquidez do projeto em menos de 10 minutos.” 

Após as moedas saírem do poder da baleia, a ideia é que elas fossem enviadas para uma carteira controlada pela comunidade. No entanto, algo de errado aconteceu e os US$ 36 milhões que deveriam voltar para a comunidade foram perdidos para sempre. 

Quando escreveram o código para realizar o processo de transação, os desenvolvedores deveriam ter colocado o endereço da carteira da comunidade, mas acabaram copiando o hash da transação.

Andrea Di Michele, um dos desenvolvedores da Juno disse que o erro foi unicamente dele e foi por causa de uma operação errada de CTRL+C e CTRL+V, já que ele copiou a linha errada em seu código.

“Quando dei aos desenvolvedores da proposta o endereço do contrato inteligente, colei o endereço do contrato inteligente e logo abaixo coloquei o hash da transação. Mas eu não escrevi ‘o hash da transação é isso’, apenas coloquei o hash da transação”, disse o desenvolvedor.

Com isso, todas as 3,1 milhões de moedas JUNO confiscadas foram enviadas para uma parte da blockchain que é inacessível, efetivamente “queimando” todas elas, um valor perdido para sempre.

JUNO sob a mira da comunidade

Além de ser engraçado, o caso também fez com que a JUNO fosse alvo de várias críticas, incluindo do investidor que teve as moedas confiscadas.

Desde que a proposta foi aprovada, muitos começaram a criticar a natureza descentralizada da JUNO e que se propõe a ser uma Exchange Descentralizada. No entanto, fica escancarado que ela não é tão descentralizada assim, já que valores podem ser confiscados.

Na época da aprovação da proposta, o dono da carteira chegou a informar que se as moedas fossem queimadas, ele iria abrir um processo judicial contra os administradores da rede. Por fim, foi exatamente isso que aconteceu, mesmo que por acidente.

O caso também ajuda a demonstrar o quanto o criptomercado ainda está em sua infância e muito ainda precisa evoluir.

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Matheus Henrique
Matheus Henrique
Fã do Bitcoin e defensor de um futuro descentralizado. Cursou Ciência da Computação, formado em Técnico de Computação e nunca deixou de acompanhar as novas tecnologias disponíveis no mercado. Interessado no Bitcoin, na blockchain e nos avanços da descentralização e seus casos de uso.

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