Justiça argentina concede prisão domiciliar para dono da Braiscompany

Antônio Neto está proibido de deixar a região até que o processo de extradição para o Brasil seja finalizado. O casal foi condenado em primeira instância a 149 anos de prisão.

A Justiça da Argentina concedeu prisão domiciliar para Antônio Inácio da Silva Neto, líder da Braiscompany. A decisão ocorreu nesta terça-feira (21). A análise do pedido de defesa resultou no entendimento de que tal medida permitiria que ele cuidasse de seus filhos menores, que também se encontram na Argentina.

Esse mesmo direito já havia sido concedido à sua esposa, Fabrícia Farias. Contudo, ela disse que enfrenta problemas de saúde que a impedem de cuidar das crianças. Diante disso, a justiça argentina autorizou a liberação do empresário da prisão.

Antônio Neto está proibido de deixar a região até que o processo de extradição para o Brasil seja finalizado. O casal foi condenado em primeira instância a 149 anos de prisão.

149 anos de prisão

Antônio Neto e sua esposa foram presos perto do condomínio onde moeravam na Argentina no final de fevereiro. O casal estava foragido desde fevereiro de 2023.

Os dois são acusados de comandar um esquema de pirâmide financeira, através da Braiscompany, que teria provocado prejuízos para milhares de pessoas.

Além do casal, outros oito réus foram condenados por crimes relacionados à operação da Braiscompany, que movimentou ilegalmente bilhões através de criptomoedas, prometendo retornos de investimento surreais.

A empresa parou de pagar seus investidores no final de 2022, afetando cerca de 20 mil pessoas.

O casal já tinha envolvimento com outros golpes antes da Braiscompany, como a D9 Club.​

Antônio Inácio da Silva Neto e Fabrícia Farias foram condenados a 149 anos de prisão. A sentença, proferida pelo juiz federal Vinícius Costa Vidor, também inclui a obrigação de reparar danos patrimoniais no valor de R$ 277 milhões e danos coletivos de R$ 100 milhões.

“Considerando o concurso material entre os crimes, fixo a pena definitiva em 88 (oitenta e oito) anos, 7 (sete) meses e 13 (treze) dias de reclusão, e a pena de multa em 4.223 dias-multa.” diz a sentença sobre Antônio Neto.

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Cógenes Lira
Cógenes Lira
Graduado em Jornalismo, pós-graduado em Conteúdo Digital e mestrando em Jornalismo. Entusiasta do Twitter, e focado em jornalismo investigativo e de dados.

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