Resumo da notícia:
- Justiça determina venda de criptomoedas de Marcel Mafra
- Empresário é acusado de aplicar golpes envolvendo bitcoins em mais de R$ 1 bilhão
- Após a venda das criptomoedas, exchanges deverão depositar o valor em reais para a justiça
- Além de Marcel Mafra, Leonardo Oliveira da Silva é citado no processo
A justiça determinou que exchanges depositem bitcoins de Marcel Mafra Bicalho. Conhecido entre a comunidade cripto, Mafra é acusado de aplicar um golpe milionário envolvendo criptomoedas. Além de Bicalho, Leonardo Oliveira da Silva é citado no processo.
Como solução para reaver o dinheiro de duas vítimas do golpe, a justiça do Mato Grosso do Sul determinou que criptomoedas em nome dos dois sejam vendidas pelas exchanges. A medida busca devolver mais de um milhão para dois investidores que acreditaram nos negócios oferecidos por Marcel Mafra.
Exchanges devem vender criptomoedas
A justiça determinou que corretoras de criptomoedas informem saldos de Marcel e Leonardo, presos acusados pelo golpe. A medida busca reaver mais de um milhão investidos por duas vítimas, no esquema do acusado pela justiça de estelionatário. Como medida cautelar, a justiça determinou que sejam encontrados R$ 1.123.000,00 em criptomoedas.
O valor corresponde ao montante total investido pelas vítimas do negócio fraudulento. Para a justiça, as exchanges brasileiras devem vender criptomoedas no nome dos envolvidos. Isso permitirá que Fabiano Pereira Rodrigues e Fernanda dos Santos Rocha recebam o que foi investido.
Desse modo, após encontrarem saldos positivos em nome dos acusados, as exchanges deverão vender as criptomoedas. Ou seja, o saldo deverá ser depositado em reais para a justiça, logo após a venda das criptomoedas que existirem em nome dos acusados.
A justiça determinou, ainda, o prazo de 15 dias para que os acusados apresentem defesa diante do pedido. Por outro lado, a audiência de conciliação não acontecerá, pois Marcel e Leonardo estão presos atualmente.
Marcel Mafra é apontado como responsável por um golpe bilionário aplicado contra investidores. Com a promessa de investimentos em criptomoedas, estima-se que Mafra tenha movimentado mais de R$ 1 bilhão em todo o país. O empresário utilizava a empresa FX BTC para atrair vítimas para o golpe.
Mafra foi preso em um verdadeiro bunker na Bahia. A prisão do empresário foi anunciada no dia (19) de agosto. Mafra alugou uma pousada e vivia sozinho, cercado por um monitoramento de câmeras no local. Ele também utilizou um sobrenome falso para dificultar sua localização e real identidade.
Além de Mafra, Leonardo Oliveira da Silva também foi preso pelas autoridades. O cunhado de Marcel é apontado como envolvido no esquema. Dessa forma, a justiça determinou que bitcoins em contas nos nomes dos dois sejam utilizados para pagar vítimas do golpe.