O Núcleo de Inteligência e Segurança Institucional (NIS) do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) participou de uma operação para prender um hacker que roubava milhas aéreas e criptomoedas de suas vítimas. A operação ocorreu na última terça-feira (27), no município de Luziânia, interior de Goiás e próxima do Distrito Federal.
De acordo com as autoridades, ao chegar no local, o hacker estava em plena atividade criminosa, roubando criptomoedas de uma vítima e foi preso em flagrante.
E as investigações começaram pelo NIS após uma pessoa integrante do Poder Judiciário catarinense ser uma das vítimas do hacker, que logo passou a ser caçado e acabou sendo identificado.
Hacker preso roubando criptomoedas tinha armas em sua posse e dinheiro em espécie
Ao chegar ao local da residência do hacker, as autoridades entraram para realizar a operação de prisão. Neste momento, o cibercriminoso estava em plena atividade, hackeando as criptomoedas de uma vítima. Na tela divulgada pelas autoridades, um gráfico da Trump Coin com sua cotação em USDT estava aberto.
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Em posse do hacker também estavam três armas de fogo, duas pistolas e uma espingarda. Além disso, ele mantinha uma série de outros equipamentos eletrônicos, inclusive de vídeo monitoramento da sua casa. Com ele estavam R$ 9 mil em espécie, apreendidos pelas autoridades.
As investigações começaram após o suspeito realizar a “raspagem” da pontuação de milhagens aéreas das contas de suas vítimas. O NIS do TJSC então tomou ciência do caso e começou as investigações.
Investigação demorou três meses para entender o mecanismo do golpe e identificar hacker
De acordo com as autoridades envolvidas com a apuração do caso, o trabalho de investigação demorou cerca de três meses, até o entendimento do golpe e identificação do autor.
A operação contou ainda com apoio da Polícia Civil de Goiás e outros dois agentes do NIS, que foram até o local.
“A investigação no ambiente digital é mais complexa. É um trabalho lento, que requer mais dedicação de nossos agentes, com extensa pesquisa para detectar o caminho do criminoso pelas vias digitais. O NIS hoje conta com uma excelente equipe para desvendar os chamados cibercrimes, como comprova esta e várias outras operações já realizadas“, destaca o coordenador do NIS do TJSC, desembargador Sidney Eloy Dalabrida.
A solução do crime encerra mais um caso de golpes contra investidores de criptomoedas no Brasil. Por fim, o hacker preso ficará a disposição da justiça para responder pelos crimes a ele imputados.