Justiça procura criptomoedas da Atlas Quantum em corretoras brasileiras

Ex-funcionário da Atlas Quantum recorreu de decisão e conseguiu reviver processo contra golpe que usou a imagem do bitcoin.

Várias corretoras brasileiras de criptomoedas serão notificadas por um ex-funcionário da Atlas Quantum, que conseguiu reverter uma decisão contra o golpe que utilizava a imagem do bitcoin no Brasil, obrigando as empresas a revelar se há alguma posse de seu ex-empregador.

A decisão foi em uma votação unânime da 12.ª Turma do TRT da 2.ª Região, que reformou uma sentença que indeferia a busca solicitada pelo ex-funcionário da Atlas Quantum.

De acordo com informações divulgadas pelo Tribunal Regional do Trabalho, a Atlas Quantum e seu sócio buscam blindar seu patrimônio com investimentos em criptomoedas. O caso está nas mãos do desembargador-relator, Benedito Valentini, que deu a decisão favorável.

“Criptomoedas da Atlas Quantum podem estar em corretoras brasileiras”, disse juiz ao concordar que empresas revelem fundos

Ao pedir na justiça para que corretoras fossem oficiadas a revelar patrimônio de Rodrigo Marques e sua empresa, o ex-funcionário não conseguiu um parecer favorável.

Mas para o desembargador-relator que reformou a decisão, “tais ativos também podem ser negociados por meio de corretoras de criptoativos e estar em custódia dessas empresas“.

Além da desconfiança com o local de custódia das criptomoedas da Atlas Quantum, a turma que votou de forma unânime fundamentou que o sócio da empresa atuava com a negociação e gestão de criptomoedas.

Ao observar várias reportagens em jornais sobre a fraude de pirâmide financeira avaliada em R$ 1 bilhão, os desembargadores não tiveram dúvidas sobre a reforma da sentença.

“Ainda, constam nos autos diversas reportagens jornalísticas ou notícias de reportagens jornalísticas (inclusive mencionadas na defesa) segundo as quais a ré e as demais pessoas jurídicas que operavam com criptomoedas sob o nome fantasia Atlas Quantum formariam um esquema de pirâmide financeira que teria subtraído de clientes ao menos R$ 1.000.000.000,00 (um bilhão de reais).”

Todas as medidas devem ser tomadas para resolver situação nebulosa

O juiz Benedito Valentini, do TRT, observou que Rodrigo Marques, dono da Atlas Quantum, atualmente foragido do Brasil e que não responde mais aos clientes, forneceu para a Receita Federal do Brasil em 2019, por meio de suas declarações de imposto, prova que tinha muito dinheiro em sua posse.

Dessa forma, o desembargador deu a nova decisão favorável ao ex-funcionário da Atlas citando o Código de Processo Civil, que diz que “o juiz deve adotar medidas de variadas naturezas a fim de assegurar o cumprimento da respectiva decisão, inclusive quando essa tem por objeto prestação pecuniária”.

Assim, além de determinar a expedição de ofícios para várias corretoras brasileiras que serão obrigadas a revelar qualquer patrimônio da empresa devedora e seu sócio, bancos serão oficiados para revelar qualquer valor em moeda fiduciária, que se encontrado deve ser bloqueado com urgência.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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