Lucro dos mineradores de Bitcoin cai 50% após o halving

A diminuição da renda afeta principalmente as mineradoras mais fracas, que eventualmente precisam sair da rede. Enquanto isso, quem quer se manter no lucro é obrigado a utilizar equipamentos mais poderosos.

O halving foi um momento muito importante para a rede do Bitcoin. Apesar de ele ter acontecido outras vezes (2012 e 2016), essa foi a primeira vez que o ecossistema estava em um momento tão particular, com atenção mainstream e em meio a uma crise econômica. Por isso, muitos estão de olho em como está a rede após o evento.

Inicialmente, uma das primeiras mudanças foi o preço, que subiu para a casa dos US$ 9.500 e adotou uma movimentação lateral desde então. Depois começamos a perceber mudanças nos fundamentais da rede.

Primeiro com o poder computacional caindo e agora, com a lucratividade da mineração caindo consideravelmente.

O halving do Bitcoin teve um grande impacto no lucro dos mineradores de Bitcoin. A renda total após o halving caiu para US$ 9 milhões por dia, bem diferente dos US$ 20.6 milhões por dia que o mercado apresentava antes do evento no dia 11.

Renda dos mineradores antes e após o halving.

Essa é uma queda de mais de 50% e é influenciada por dois principais pontos. Primeiro temos o fato que a mineração de cada bloco agora recompensa com apenas 6.25 BTC, e não mais 12.5. Além disso, pré-halving o preço da criptomoeda estava próximo dos US$ 10 mil.

A última vez que a renda de mineração do Bitcoin caiu tanto foi durante a última queda catastrófica do Bitcoin, em março. Na época, acompanhando a crise financeira global, o Bitcoin caiu para abaixo dos US$ 5 mil.

Durante esse período, a renda da mineração foi para a casa dos US$ 7 milhões, assim como o hashrate que foi para níveis abaixo de 80 EH/s.

Resultado esperado?

Apesar de um cenário aparentemente catastrófico já tinha sido previsto em diferentes pesquisas e análises, tanto em relação à queda da renda quanto a queda do poder computacional.

A diminuição da renda afeta principalmente as mineradoras mais fracas, que eventualmente precisam sair da rede. Enquanto isso, quem quer se manter no lucro é obrigado a utilizar equipamentos mais poderosos, o que em médio e longo prazo é benéfico para todo o ecossistema.

Enquanto isso, a rede se equilibra com o ajuste de dificuldade automático e que volta a trazer mais renda para aqueles se permanecerem fazendo parte da blockchain. Por enquanto não há sinais de alerta, mas nunca devemos abandonar a cautela

Existem níveis perigosos para o Bitcoin que podem causar uma queda, mesmo que temporária. Alguns especialistas afirmam que, se o preço do Bitcoin cair para US$ 8.500, mais de 30% da rede vai ter uma renda de 0 e provavelmente desligar suas máquinas.

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Matheus Henrique
Matheus Henrique
Fã do Bitcoin e defensor de um futuro descentralizado. Cursou Ciência da Computação, formado em Técnico de Computação e nunca deixou de acompanhar as novas tecnologias disponíveis no mercado. Interessado no Bitcoin, na blockchain e nos avanços da descentralização e seus casos de uso.

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