O FDIC, que funciona como o Fundo Garantidor de Crédito, mas nos EUA, publicou um relatório de 108 páginas sobre o acesso que americanos tem a bancos. A pesquisa também cobriu o setor de criptomoedas, revelando dados importantes sobre o setor.
Embora uma das maiores narrativas do Bitcoin e outras criptomoedas seja oferecer uma opção para pessoas que não possuem acesso bancário, o FDIC revela que esse grupo é o que possui menos exposição a esses ativos.
“Em 2023, 4,8% de todas as famílias possuíam ou utilizavam criptomoedas, como Bitcoin ou Ether”, aponta a pesquisa. “O uso de criptomoedas foi maior entre as famílias com conta bancária (5,0%) do que entre as famílias sem conta bancária (1,2%).”
Conforme os EUA possuem uma população de 335 milhões, isso significa que existem mais de 16 milhões de investidores de criptomoedas no país.
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Criptomoedas são mais usadas por famílias ricas, jovens e de origem asiática, aponta relatório
Outro ponto abordado pela pesquisa do FDIC foi quais grupos mais utilizam criptomoedas. Em questão de idade, a dominância fica para o grupo que possui entre 25 a 34 anos, no total 9,8% deles são investidores.
Já famílias com renda superior a US$ 75.000, o maior dos cinco níveis apresentados, também são os mais expostos a esse mercado, 7,1% deles investem em criptomoedas. Ainda sobre salários, a pesquisa revela que pessoas com rendas mais variáveis também são o principal grupo de investidores, chegando a 9,7%.
Já 10,3% das pessoas com duas ou mais raças investem em criptomoedas, seguido por 7,5% no caso de asiáticos. Um último campo revela que pessoas que terminaram a faculdade também são as que mais investem no setor, sendo 7,1%.
“O uso de criptomoedas também variou conforme as características das famílias, sendo mais alto entre famílias com renda mais alta, maior nível de escolaridade, famílias mais jovens, famílias asiáticas e brancas, famílias em idade ativa sem deficiência e famílias com maior volatilidade de renda mensal.”
Criptomoedas são usadas como investimento, aponta FDIC
Outra narrativa do setor de criptomoedas é o seu uso no comércio. No entanto, a pesquisa do FDIC destaca que quase todos usuários de criptomoedas estão mais interessados em deixar seus ativos parados a fim de obter lucro.
No caso de famílias com renda superior a US$ 50.000, este número chega a 93,8%. O uso de criptomoedas para enviar e receber dinheiro chega a 7,1% para famílias abaixo dessa renda, mais que o dobro do grupo anterior, mas ainda é pequeno.
“O uso de criptomoedas para fazer compras presencialmente ou online foi semelhante entre as duas categorias de renda.”
Por fim, esses dados ajudam a compreender o comportamento dos investidores, o que pode ser útil para empresas do setor.