Mineração de bitcoin leva energia para zona rural do Quênia

Com projeto social, população terá redução no custo da energia e o "culpado" é o Bitcoin.

A mineração de bitcoin começou a se expandir na zona rural do Quênia, aproveitando para levar energia a populações que não tinham acesso barato a essa no passado, com a ajuda de um projeto social que chegou ao país.

O projeto em questão visa levar aldeias africanas para os confortos do Século XXI, visto que muitas ainda não possuem energia elétrica.

Além disso, tornar a mineração de bitcoin mais descentralizada é um dos focos dos responsáveis pela solução.

Em 2021, o banimento da mineração de bitcoin na China alertou a comunidade, que agora busca novas formas de realizar a mineração sustentável e distribuída.

Mineração de bitcoin começa a levar energia para aldeias na zona rural do Quênia

O sistema fiduciário de moedas emitidas por bancos centrais evoluiu muito nos últimos anos, passando de modelos físicos de moedas para digitais, embora boa parte da população não tenha ainda nem o básico da energia para acessar essa economia mundial.

Uma das preocupações da comunidade que defende o bitcoin como moeda é justamente levar energia e internet a todos.

Prova disse é o novo projeto Gridless que surgiu recentemente na África, continente com pouca representatividade na mineração de bitcoin, mas que pode ver mudanças.

Isso porque, o projeto trabalha com a criação de mini-hidrelétricas que geram energia para vilas em zonas rurais, abastecendo as necessidades das populações locais. Nessas instalações, há um excesso na produção de energia, força essa que está sendo redirecionada para mineração de bitcoin.

Como o modelo já se mostrou viável no Quênia, o projeto espera levar a mais países africanos esse modelo de geração de energia e mineração de bitcoin, que pode ser escalado para operações maiores.

“Temos trabalhado com geradores hidrelétricos de mini-rede no Quênia sobre como usar seu excesso de capacidade para mineração de Bitcoin, o que também reduz significativamente o custo de energia para a comunidade local. Sites pequenos < de 100kW agora, trabalhando para 500kW em breve.”

Enquanto BC do Quênia nega o bitcoin, população começa a ver inovação financeira

“Só se eu fosse louco”, disse o presidente do BC do Quênia sobre comprar bitcoin como reserva para o país, debochando totalmente da criptomoeda.

Apesar disso, o país é um dos que mais adotam às criptomoedas no continente africano hoje, indicando que a população já conhece a tecnologia e vê sentido.

Com a chegada da mineração em vilas locais, é possível que o bitcoin seja apresentado para mais pessoas como uma tecnologia financeira do futuro, que inclusive lhes ajuda a custear o consumo elétrico em suas residências, antes esquecidas.

Na Argentina, a mineração utilizando gás que seria jogado fora também mostra que a produção elétrica tem buscado inovar para atender a uma futura rede segura e sustentável do bitcoin.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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