Moeda digital do Brasil pode ser lançada em 2022, diz presidente do BC

A moeda digital do Brasil não faria concorrência ao real, “mas seria uma nova forma de representação da atual moeda, tendo garantia do governo e estando sujeita à política monetária”.

Até 2022, o Brasil deve ter sua primeira moeda digital. A previsão foi feita pelo presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, em live promovida pela Bloomberg na quarta-feira (02).

De acordo com Neto, um país precisa ter um sistema de pagamentos instantâneos eficiente para ter uma CBDC (sigla em inglês para Moeda Digital do Banco Central), bem como uma moeda de credibilidade, que seja conversível e internacional.

“Depois disso, eu acho que você tem todos os ingredientes para ter uma moeda digital. Nós achamos que teremos isso em 2022”, disse o presidente da autarquia federal.

Brasil caminha para modernizar e digitalizar sistema financeiro

Na live, Campos Neto também falou que o Brasil já vem caminhando para modernizar e digitalizar seu sistema financeiro, assim como outros países. Uma das ferramentas que vão ajudar essa modernização, disse ele, é o PIX, sistema de pagamento instantâneos do BC,

CBDC

A plataforma, que deve ser lançada em novembro, vai permitir transações entre pessoas e empresas – em até 10 segundos. Em fevereiro deste ano, mês em que o PIX foi anunciado, Campos Neto havia afirmado que o Brasil precisa de um meio de pagamento ágil, assim como o proporcionado pelo Bitcoin e por outras criptomoedas.

BC lançou grupo de trabalho para discutir moeda digital do Brasil

Além do PIX, o Banco Central tem dado outros passos para permitir a modernização do sistema financeiro e o eventual lançamento da moeda digital do Brasil. Em agosto, por exemplo, a autarquia federal – que é ligada ao Ministério da Economia – lançou um grupo de trabalho para discutir a emissão da CBDC.

De acordo com o BC, um dos objetivos do grupo é propor um “modelo de eventual emissão de moeda digital, com identificação de riscos, incluindo a segurança cibernética, a proteção de dados e a aderência normativa e regulatória, bem como a análise de impactos da CBDC”.

Conforme nota enviada pela autarquia à Agência Brasil, a moeda digital do Brasil não faria concorrência ao real, “mas seria uma nova forma de representação da atual moeda, tendo garantia do governo e estando sujeita à política monetária”.

Brasil se junta a outros países que devem lançar suas próprias moedas digitais

De acordo com pesquisa do Bank for International Settlements (BIS) – publicada em 2019 – 80% dos bancos centrais do mundo estão engajados na criação de CBDC’s.

Alguns dos países pioneiros são China, Suécia, Uruguai e Bahamas. O BC, ao anunciar o eventual lançamento da moeda digital do Brasil, coloca o país entre essas nações, que buscam modernizar seus sistemas financeiros.

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Lucas Gabriel Marins
Lucas Gabriel Marins
Jornalista desde 2010. Escreve para Livecoins e UOL. Já foi repórter da Gazeta do Povo e da Agência Estadual de Notícias (AEN).

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