Acusada de roubo bilionário de bitcoin procura emprego antes de ser julgada

Conhecida por seu estilo excêntrico, Morgan entrou com um pedido na última sexta-feira (15) para poder encontrar um emprego enquanto o processo continua. Tal pedido não teria sido negado pelo juiz.

Mais de cinco meses após os EUA realizarem a maior apreensão de Bitcoin da história, os quase 100.000 BTC apreendidos continuam parados na mesma carteira. Hoje tal montante é equivalente a mais de R$ 11 bilhões, valendo cerca de 50% menos desde a data de apreensão.

Enquanto a Bitfinex aguarda o desenvolver do processo para que os fundos sejam retornados a mesma, o casal suspeito pelo roubo segue caminhos diferentes. Enquanto Ilya Lichtenstein continua preso, Heather Morgan pagou fiança e agora está procurando por emprego.

Já o token Unus Sed Leo (LEO) segue em alta desde fevereiro. Segundo informações da Bitfinex, parte do montante recuperado será usado para recomprar tal token. Entretanto, isso pode levar anos.

R$ 11 bilhões parados na carteira do governo americano

No início de fevereiro, a comunidade de criptomoedas voltava seus olhos para uma movimentação atípica. Quase 100.000 bitcoins ligados ao hack da Bitfinex eram enviados a uma única carteira após passarem 6 anos parados.

Dias depois, os EUA anunciavam que estavam sobre o controle dos fundos e que haviam indiciado um casal, Ilya Lichtenstein, também conhecido como Dutch, e Heather Morgan, também conhecida como Razzlekhan.

Com a notícia, o token LEO, emitido pela Bitfinex, dobrou de valor com investidores acreditando que a exchange recuperaria seus bitcoins e usaria parte deles para recomprar tal token, como prometido em seu whitepaper.

“Além disso, um valor igual a pelo menos 80% dos fundos líquidos recuperados do hack da BitFinex será usado para recomprar e queimar tokens LEO pendentes dentro de 18 meses a partir da data de recuperação.”

LEO/USD, em alta após apreensão de quase 100.000 BTC pelos EUA. Fonte: CMC.

Entretanto, mais de cinco meses após tal apreensão, os 94.643 bitcoins seguem parados na carteira do governo americano. Segundo ex-assistente do procurador dos EUA, tal processo pode levar vários anos.

“Esse processo pode levar muito tempo. Certamente pode levar vários anos antes que alguém veja algum dinheiro.”

Bitcoins apreendidos pelos EUA seguem parados há cinco meses. Fonte: Blockchain.com

Desde então, o Bitcoin entrou em um forte mercado de baixa, fazendo com que este montante desvalorizasse cerca de 50%. De qualquer forma, ainda estão avaliados em mais de 11 bilhões de reais.

Heather Morgan pagou fiança e agora quer trabalhar

Enquanto Ilya Dutch continua detido, Heather Morgan foi liberada após pagar fiança de R$ 15 milhões, ainda em fevereiro, poucos dias após o início do processo, e agora busca continuar sua vida.

Heather Morgan e Ilya Lichtenstein. Fonte: Reprodução.

Conhecida por seu estilo excêntrico, Morgan entrou com um pedido na última sexta-feira (15) para poder encontrar um emprego enquanto o processo continua. Tal pedido não teria sido negado pelo juiz.

“Heather Morgan pediu a um juiz que modifique as condições de sua libertação pré-julgamento,” cita a Bloomberg. “Para deixar claro que ela ‘pode se envolver em um emprego legítimo e receber renda superior a US$ 10.000 por mês’.”

Por fim, sem previsão de que o processo se encerre logo, é possível que os quase 100.000 bitcoins continuem nas mãos do governo americano por um bom tempo. Enquanto isso, Dutch segue detido e Morgan retomará sua vida, talvez agora de modo menos extravagante.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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