A empresa de segurança Armour divulgou um relatório sobre o Mercado Negro de 2019 mostrando que golpistas estão vendendo dinheiro na dark web para evitar os riscos associados à necessidade de lidar com os fundos.
Funciona assim, os clientes encomendam o dinheiro para os golpistas, que então hackeiam contas bancárias de vítimas e transferem diretamente para esses compradores.
O relatório mostra que neste esquema os compradores têm a chance de comprar dinheiro em várias quantias – US $ 10.000, US $ 5.000, US $ 2.500 – e tudo o que eles precisam fazer é pagar antecipadamente ao criminoso uma taxa de 10 a 12% em Bitcoin e então fornecer uma conta bancária ou conta no Paypal na qual eles gostariam que o dinheiro fosse transferido.
As transações custam aproximadamente de 10 a 12 centavos por dólar. “Esse acordo funciona bem para o cibercriminoso que vende os fundos roubados porque, em última análise, ele não está tomando posse dos fundos, mas apenas transferindo-os, o que coloca o maior risco em quem está comprando o dinheiro”, diz o relatório.
“Com o excesso de credenciais bancárias e cartões de crédito disponíveis na dark web, não foi surpresa para a equipe de segurança descobrir como os cibercriminosos monetizavam esses recursos ilícitos”, acrescenta.
Os pesquisadores dizem que essa nova tendência foi identificada pela primeira vez no ano passado, mas desde então se tornou uma popular oferta na dark web.
Não há como negar que, quando há vontade, há um caminho, e, portanto, não surpreende que os criminosos estejam constantemente procurando maneiras de inovar.
Para a maioria das pessoas, este é apenas mais um exemplo de como o Bitcoin está sendo usado para fins ilícitos, e certamente não vai ajudar a limpar a reputação manchada da criptomoedas.