Fim do Spotify? Napster abraça criptomoedas e promete revolucionar streaming de músicas

A ideia é utilizar a base existente do Napster para introduzir o mundo Web3 a uma audiência mais ampla. Imaginem transformar perfis de usuários em carteiras Web3 ou proporcionar experiências musicais ao vivo exclusivas.

O mundo da música está prestes a ser sacudido. E quem lidera essa revolução? Aparentemente, o Napster, um nome que há muito se tornou sinônimo da polêmica na era de compartilhamento de arquivos.

Para os mais jovens, o Napster foi uma plataforma pioneira de compartilhamento de músicas, que permitia que seus usuários trocassem MP3s.

Imagine um Spotify que não te cobra nada, mas em vez de dar play, você tinha que esperar as músicas baixarem enquanto esperava a sua conexão discada conectar (bons tempos!).

Napster 2 beta 5 (Imagem: Reddit)
Napster 2 beta 5 (Imagem: Reddit)

O Napster foi revolucionário. Ele mudou completamente o cenário da indústria musical e a forma como consumíamos músicas. As gravadoras? Bem, vamos dizer que elas não mandaram flores de agradecimento para a plataforma.

O site acabou se tornando o alvo de múltiplos processos judiciais, especialmente de grandes artistas e bandas (Metallica) que não estavam nada felizes em ver suas músicas sendo baixadas de graça.

Sob pressão e vários processos nas costas, o Napster acabou fechando suas portas em 2001. Mas como uma banda de rock dos anos 80 que não sabe quando parar, o Napster teve várias “reuniões” e “turnês de despedida”, retornando em diferentes formas ao longo dos anos.

Napster abraça criptomoedas e promete revolucionar indústria de streaming

Agora sob a liderança de Jon Vlassopulos, ex-guru da plataforma Roblox, o Napster está se preparando para uma reviravolta. Em conversa com a Fortune, o empresário revelou que a empresa está mudando seu foco para um modelo de plataforma, inspirando-se no mundo virtual do Roblox.

Ele prevê que os fãs estarão mais dispostos a gastar em “verch” (mercadoria virtual), comprando músicas, mercadorias e ingressos em um ambiente digital.

Porém, a cereja do bolo é a inclusão de uma criptomoeda nos planos do Napster. Se você achava que Dogecoin era a criptomoeda da moda, espere até ver os “NapsterCoins” (nome fictício, por enquanto) entrando em ação.

Napster 2023 (Imagem: Nasper.com)
Napster 2023 (Imagem: Nasper.com)

Com a Algorand, uma empresa de tecnologia Web3, agora entre os proprietários do Napster, a integração com criptomoedas não é apenas uma tentativa de “estar na moda”, mas uma jogada estratégica da empresa.

O CEO parece confiante, acreditando que o Napster pode explorar a teoria dos “1.000 verdadeiros fãs”, oferecendo-lhes experiências mais valiosas. Enquanto isso, ele sutilmente atira uma sombra ao Spotify, questionando suas recentes estratégias de precificação.

Com a Algorand e a Hivemind, o Napster quer se reinventar como uma potência musical Web3. Segundo Jon Vlassopulos, eles estão de olho em um futuro onde a Web3 tem o potencial de trazer “bilhões e bilhões de dólares” para a indústria da música.

No entanto, o Napster não pretende abandonar seu serviço de streaming existente. Por quê? Bem, graças à sua longa relação com gravadoras e detentores de direitos autorais.

“Essa relação é um ativo inestimável, quase impossível de ser reproduzido por outros”, observa Vlassopulos.

Jonathan Vlassopulos (Imagem: Linkedin)
Jonathan Vlassopulos (Imagem: Linkedin)

A ideia é utilizar a base existente do Napster para introduzir o mundo Web3 a uma audiência mais ampla. Imaginem transformar perfis de usuários em carteiras Web3 ou proporcionar experiências musicais ao vivo exclusivas.

A receptividade por parte das gravadoras é notável. De acordo com Vlassopulos, há um fervilhante interesse na Web3 entre os executivos do setor musical. O desafio, no entanto, é que muitas startups emergentes nesse domínio são, nas palavras de Vlassopulos, “projetos e não empresas”.

Eles frequentemente carecem dos direitos e escala para inovação significativa.

Contudo, o Napster vê isso como uma oportunidade. A empresa planeja impulsionar startups musicais Web3 através de um novo fundo de risco, com possíveis aquisições no horizonte.

Ao refletir sobre o futuro e a aplicabilidade da Web3 na música, Vlassopulos expressou seu desejo de criar momentos icônicos, similar à agitação que surgiu quando Lil Nas X fez sua performance virtual no Roblox. Ele acredita que eventos assim podem ilustrar o real valor da Web3 para a indústria musical.

Enquanto isso, o Spotify não quer ficar para trás e já vem explorando os potenciais da web3, tendo até mesmo já lançado um projeto-piloto que integra algumas coleções de NFTs em playlists da plataforma.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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